Apesar de afirmar que aguardará com cautela antes de tomar a decisão, nos bastidores já é dada como certa a ida do governador Pedro Taques (PDT) para o PSDB, com quem tem demonstrado grande afinidade nos últimos meses, mesmo diante da relação estreita com o PSB de seu aliado de primeira ordem, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes e a oferta de um espaço de destaque nacional na sigla.
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deu aval para a mudança de sigla para eleitos em pleitos majoritários sem risco de perda de mandato, o PSB reforçou o convite a Taques, mas o PSDB optou por não fazer novas sondagens.
“O governador está convidado a vir para o PSDB. O destino que vai tomar é decisão dele. O PSDB ajudou a elegê-lo e vamos continuar a ajudar a governar, respeitando a decisão que ele tomar”, declarou o presidente do diretório estadual tucano, o deputado federal Nilson Leitão, demonstrando a tranquilidade com que o partido vem tratando a questão.
De acordo com o parlamentar, Taques possui o perfil tucano no sentido de compreender a gestão pública, entendendo que o Estado tem de ser menor e os resultados maiores. Sem um grande nome de destaque nacional desde as eleições passadas, após a morte de Eduardo Campos, o PSB reforça a posição privilegiada que o pedetista ocupará na sigla visando o pleito de 2018, enquanto o PSDB é um partido recheado de grandes nomes já conhecidos.
Leitão lembra que é o único deputado federal do partido eleito por Mato Grosso, um dos menores colégios eleitorais do país, em meio a uma bancada de 54 parlamentares, sendo 14 de São Paulo, e, mesmo assim, foi líder do partido no seu primeiro ano de mandato e agora ocupa o posto de primeiro vice-líder do PSDB na Câmara Federal. “A presença de líderes não o impede de se tornar uma grande liderança. Taques tem capacidade intelectual e política para isso”, ressaltou.
De acordo com o deputado, o PSDB é um partido carimbado como oposição frontal ao governo federal e representa a alternativa real contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Taques deve pensar mais ou menos parecido comigo: melhor estar num time grande, que já sabe qual sua posição política no Brasil ,do que ter de construir isso nesse curto espaço de tempo”, explicou.