O governador mato-grossense afirmou que apoia a proposta de deixar de pagar os débitos que o Estado possui com o governo federal pelo prazo de 12 meses. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ele disse que Mato Grosso não está em situação tão difícil como é o caso do Rio Grande do Sul, estado que propôs a ideia. No entanto, se o governo federal não fizer algo isso pode mudar e Mato Grosso ter sua situação agravada.
Taques afirmou que o próximo passo será encaminhar oficialmente a proposta ao governo federal em nome dos estados da região Centro-Oeste. Para o governador, a aplicação da moratória seria necessária para que sobre recursos para investimentos no Estado.
Pedro Taques criticou a atuação do governo federal ao afirmar que o mesmo age como um "administrador de cartão de crédito". Ou seja, cobrando juros altos e comprometendo o poder de investimento. O valor da dívida de Mato Grosso com a União é de cerca de R$ 2 bilhões.
O principal argumento para a moratória é que os juros são componentes que contribuem para o momento de crise financeira. A proposta foi divulgada durante painel da 28ª edição do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio de Janeiro.
Em abril, o STF determinou a suspensão do processo e abriu um prazo de dois meses para negociação entre a União e os estados em dívida.