O governador Pedro Taques (PSDB) disse, esta noite, que justiça foi feita na decisão do afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que concedeu liminar considerando que Renan virou réu e, no seu entendimento, não pode presidir o Senado. "Eu tentei afastar o Renan quando disputei a eleição no Senado contra ele, mas perdi a eleição. E agora, a justiça está sendo feita", disse Taques, no lançamento do Portal Transparência do Governo de Mato Grosso.
O governador criticou a aprovação do pacote de medidas anticorrupção, pela Câmara dos Deputados (com 6 votos favoráveis de parlamentares mato-grossenses) e recebeu diversas alterações em sessão extraordinária na Câmara Federal, na madrugada do último dia 30. Entre as alterações estão a anistia à prática do caixa 2, a possibilidade de juízes e promotores responderem por crime de abuso de autoridade.
"Nenhuma legislação deve ser aprovada com emergência. Pode dar errado. Não podemos punir aqueles que estão cumprindo seu o papel constitucional", disse. Taques lembrou ainda que das 10 medidas, 4 foram apresentadas por ele, "corrupção como crime hediondo, caixa dois, diminuição de recursos, enriquecimento ilícito".