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Pedro Henry confirma que enfrenta julgamento e nega renúncia

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O prazo concedido pelo presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP) para que os deputados acusados no esquema do “mensalão” renunciem foi desconsiderado pelo deputado Pedro Henry (PP-MT). O parlamentar mato-grossense assegurou que pretende enfrentar o julgamento e insistiu na tese de que não existem provas de seu envolvimento no escândalo. “Não ganhei esse mandato. Ele foi conquistado pela confiança do povo do meu Estado” – disse o parlamentar. Ao todo, 13 deputados vão ser julgados por quebra de decoro parlamentar.

Na terça-feira, Henry tentou interromper a votação pela Mesa da Câmara do relatório da Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara que recomenda a abertura de processo contra ele e mais 12 parlamentares. Henry chegou a enviar à Mesa Diretora da Câmara documentos que tentam que são inocentes, mas os papéis não foram analisados, sendo anexados às representações que serão enviadas ao Conselho de Ética.

Nas contas políticas, Henry e mais 7 dos 13 deputados acusados de quebra de decoro parlamentar por causa das denúncias do mensalão vão mesmo enfrentar os processos de cassação, sem apelar para a renúncia ao mandato. Dos 6 petistas que tiveram processos enviados ao Conselho de Ética esta semana, Professor Luizinho (SP) e João Magno (MG) já resolveram não renunciar. Os demais são os três denunciados do PP – o presidente do partido, Pedro Corrêa (PE), o líder José Janene (PR), e Vadão Gomes (SP) -, o pefelista Roberto Brant (MG) e Wanderval Santos (PL-SP).

O prazo para a renúncia em tempo de salvar a candidatura em 2006 acabará na segunda-feira, quando o Conselho de Ética deve abrir os processos. Mas os acusados do PT articulam-se para ganhar mais tempo: João Paulo Cunha (SP), Paulo Rocha (PA), José Mentor (SP) e Josias Gomes (BA) avaliam a conveniência de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Mesa Diretora de aprovar a remessa de todos os casos juntos ao conselho.

Eles estão convencidos de que a Mesa desrespeitou o direito ao “devido processo legal”, garantido pelo Supremo, ao julgá-los “em pacote” e sem diferenciar penalidades. Ao mesmo tempo, porém, temem que o apelo à Justiça irrite os colegas deputados que darão a palavra final sobre cada caso. Por causa disso chegaram a pensar em recorrer ao plenário da Câmara contra a decisão da Mesa.

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