Começou a contagem regressiva para o deputado federal Pedro Henry (PP) começar, de fato, a cumprir a pena de sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, hoje, o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pede a prisão imediata. O advogado de Henry, José Antônio Alvarez, disse que o deputado está em Brasília e pretende se entregar imediatamente assim que o STF emitir o mandado de prisão.
Henry também deverá seguir o exemplo do então deputado federal licenciado José Genoíno (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) e renunciar ao mandato. Ambos foram condenados no mensalão e após o presidente do STF ter emitido os mandados de prisão, renunciaram ao mandato, porque não queriam carregar no currículo político uma cassação.
Essa chance de renúncia foi repassada pelo próprio advogado do progressista. “Há essa possibilidade da renúncia ao mandato”, disse o advogado José Alvarez. Em seguida, ressaltou, porém, que ainda não discutiu com seu cliente os detalhes sobre isso. “Só depois que o STF decretar a prisão é que ele [Pedro Henry] vai decidir sobre o mandato se renuncia ou não”, pontua o jurista.
No caso de Valdemar Costa Neto condenado a sete anos e dez meses e prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a ele enviou uma carta endereçada ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) criticando a impossibilidade de ser submetido a duas instâncias na Justiça pelo fato de ser parlamentar e afirmando que foi condenado por crimes que não cometeu.
Em relação a José Genoíno, sua carta de renúncia foi apresentada pelo deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dia 3 deste mês. À ocasião, a Mesa Diretora da Câmara já estava reunida decidindo se abriria o processo de cassação do então parlamentar. A votação foi aberta e quando o placar estava 4 a 2 pela abertura do processo de cassação, Vargas então apresentou a carta de renúncia. A maioria já tinha votado pela cassação de Genoíno.