O diretório regional do PDT no Rio Grande do Sul que, em dezembro de 2013, entregou à executiva nacional da sigla a sugestão para que o partido tivesse candidatura própria à Presidência da República nas eleições de outubro, defende os nomes dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT) para concorrer à sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar de pertencer à base aliada ao governo federal, algumas lideranças pedetistas, a exemplo do próprio Taques, vêm mostrando posição de independência em relação às decisões do Executivo.
Presidente da executiva gaúcha, Romildo Bolzan Junior explica que o raciocínio do partido, em seu estado, é de que as siglas precisam ter interlocutores e, para isso, devem se posicionar no cenário nacional, principalmente diante da perspectiva de que o pleito seja definido somente num segundo turno.
Dentro dessa perspectiva, o diretório do Rio Grande do Sul já indicou seu candidato ao governo do Estado, rompendo com a gestão petista, inclusive com a entrega de cargos no Piratini. Segundo Bolzan, a executiva nacional deve se posicionar sobre o pleito gaúcho entre os meses de março e abril, promovendo uma discussão com as lideranças do partido. De acordo com ele, dentro dessa perspectiva, os nomes mais apropriados para a disputa nacional seriam o de Cristovam e Taques.
O senador mato-grossense, por sua vez, vem articulando sua candidatura ao Palácio Paiaguás. Ele, que figura como único pré-candidato posto na disputa, também teria o nome sondado pela cúpula do PMDB para uma indicação ao Ministério da Integração Nacional.
Enquanto Taques tenta se fortificar no cenário estadual, as articulações nacionais podem provocar uma reviravolta nas conjunturas. Com um grupo razoavelmente consolidado entre os partidos de oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB), até então, ele teria como principal dificuldade agregar apoio de siglas importantes, como o PR, passando por uma discussão interna do grupo sobre a composição majoritária com a vaga para concorrer a cadeira de senador disputada pelo republicano Wellington Fagundes e Jayme Campos (DEM).
No entanto, ao que tudo indica, para seguir em frente com seu projeto, Taques terá que enfrentar também as pressões externas.