O líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz (PDT-RO), utilizou a tribuna do parlamento, hoje, para afirmar que o seu partido apoia a administração da presidente Dilma Rousseff (PDT) independente da nomeação de um ministro pedetista. As palavras do líder foram reafirmadas pelo senador mato-grossense Pedro Taques. Ele afirmou que não considera legítima a interferência de deputados que estejam falando à presidente em nome de todo o partido.
Para Taques, o PDT não pode ser “fisiologista e clientelista”, nem fazer chantagem em troca de cargos. Por outro lado, lembrou que apoiar não significa ser submisso. “Coalizão não quer dizer submissão. O PDT não pode apoiar a presidente da República em situações não republicanas”, afirmou o senador, que disse votar de acordo com sua consciência.
Taques foi um dos senadores que declararam voto contrário à recondução de Bernardo Figueiredo à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na última semana. Na ocasião, lembrou os senadores de que o voto era secreto, o que permitiria rejeitar a indicação do governo sem se expor.
O pronunciamento dos senadores do PDT é uma resposta a notícias de que o partido estaria indicando e vetando nomes para ocupar o cargo de ministro do Trabalho, deixado em dezembro por Carlos Lupi. Além de ser uma posicionamento contrário ao do PR, que, ontem, anunciou que passou para a oposição no Senado, insatisfeito por não ter indicado um novo nome para o Ministério dos Transportes. “Não precisamos estar no ministério para apoiar a nossa presidente. Queremos deixar a nossa presidente muito à vontade para que escolha quem ela entender útil para o seu governo, para estar em qualquer um dos seus ministérios”, afirmou Gurgacz.