O bloco da oposição, liderado pelo PDT, sinaliza aproximação com o PP, que atualmente faz parte da base do governo Silval Barbosa (PMDB). O estreitamento de laços ocorreu, ontem, em encontro informal entre os deputados estaduais e presidentes regionais do PDT, Zeca Viana, e do PP, Ezequiel Fonseca. “Conversamos ontem eu e o Ezequiel e isso já aconteceu antes, em outro período. Acredito que podemos amadurecer esses entendimentos em encontro oficial que devemos marcar nos próximos dias”, explicou Viana.
O PDT mantém no quadro de aliados o DEM, PSDB, PPS, PV e PSB. O partido, que planeja a construção da candidatura ao governo do senador Pedro Taques, corteja ainda o PTB, do ex-prefeito Chico Galindo. E nessa fase, confia na possibilidade de ter o PP no reforço dos planos para conquistar o comando do Estado.
Zeca pondera que para fazer parte do grupo da oposição, os eventuais aliados devem seguir as diretrizes propostas para a “reconstrução da gestão estadual”. O discurso crítico do líder do PDT em relação à administração de Mato Grosso, poderá encontrar reforço no PP. Ezequiel Fonseca faz, costumeiramente, cobranças contundentes sobre o desempenho e resultado da administração. Em tempo, o partido de Fonseca dominou na gestão Silval Barbosa a área da saúde, através dos ex-secretários Pedro Henry (condenado no escândalo do mensalão) e Mauri Rodrigues.
A crise na saúde, principalmente em 2013, gerou celeuma entre líderes do PP e o Governo, em razão do pedido do PP por alterações no comando do setor. A saída de Mauri da pasta, em outubro do ano passado, sendo substituído por Jorge Lafetá, não garantiu o fim do mal estar entre o partido e o Executivo. O PP integra oficialmente a base governista, e a postura política tem sido de independência.