A ONG Moral, em uma carta aberta ao governador Pedro Taques (PDT), fez uma solicitação para que o atual procurador-geral da Justiça, Paulo Prado, não seja reconduzido ao cargo. A entidade alega que as denúncias envolvendo ele na operação Ararath ainda não foram esclarecidas.
Segundo a entidade, foi proposta a abertura de uma investigação ao Conselho Superior do Ministério Público, mas Prado “preferiu engavetar o pedido”. “Assim, permaneceu obscura a situação do atual procurador-geral, causando constrangimento o fato do Estado ter uma autoridade deste nível sob suspeita”, diz trecho da carta.
Já o procurador-geral afirma que teve 70% dos votos dos promotores e procuradores, ficando em primeiro lugar na lista tríplice. “Tenho 25 anos de Ministério Público, sempre atuei fortalecendo a relação da instituição com a sociedade. O governador Pedro Taques me conhece há 20 anos, portanto estou tranquilo. Essa ONG foi a mesma que criticou ele em março”.
Na eleição realizada no dia 10 dezembro, Paulo Prado, candidato à reeleição, recebeu 147 votos entre os 213 votantes, ficando em 1° lugar. Em seguida, ficou o promotor de Justiça Vinícius Gahyva e o procurador de Justiça Edmilson da Costa Pereira com 68 e 66 votos, respectivamente.
A posse do novo procurador-geral da Justiça está prevista para a primeira quinzena de março. Constitucionalmente, é prerrogativa do governador do Estado a escolha de um dos três nomes mais votados pelos membros do Ministério Público.