O governador Pedro Taques (PSDB) deverá apresentar a segunda reforma administrativa de sua gestão na próxima segunda-feira (20). Até lá, ele deverá sofrer grande pressão de partidos da base aliada, principalmente PSB e PSD, que almejam ocupar cargos no primeiro escalão do governo. O assunto tem sido tema frequente de diversas reuniões realizadas desde que o chefe do Executivo anunciou que mexeria na composição de seu staff por conta de um enxugamento que visa fazer frente à queda de arrecadação do Estado.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB), admitiu que o staff deverá ser mais “politizado” e menos técnico. Ao defender tal mudança ele pretende acalmar o ânimo dos parlamentares aliados, que constantemente cobram espaço no staff de Taques. Santos já declarou, inclusive, que algum parlamentar poderá ocupar uma vaga no novo secretariado. Com esta informação, o PSB saiu à frente e indicou o nome do deputado Max Russi (PSB) para ocupar a cadeira do secretário de Cidades, Eduardo Chiletto. A mudança não foi confirmada pelo governo.
Antes de assumir o governo, Taques firmou um acordo com as lideranças dos partidos aliados, que deram a ele um prazo para montar um secretariado técnico e colocar a administração no rumo certo. Ocorre que, no entendimento de muitos destes políticos, o período ideal de trégua seria o de um ano e, agora, é a vez de Taques contemplar algumas siglas aliadas. Taques, até o momento, faz suspense ao tratar das mudanças, mas não descarta compor com os parlamentares. “Não tenho nada contra políticos. Não tenho dificuldade em trazer deputados federais ou estaduais para compor o staff. Isso é absolutamente normal”, disse em entrevista concedida esta semana.