quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Partidos iniciam articulação visando eleição de 2012

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Distante mais de um ano das eleições municipais, partidos políticos de Mato Grosso já iniciam articulações nos bastidores visando a disputa de prefeituras em 2012 nos municípios considerados pólos de Mato Grosso. Esfacelado em nível nacional por conta do mau resultado das urnas e carente de novas lideranças, o DEM tenta incluir em seus quadros o empresário Mauro Mendes (PSB), candidato derrotado ao governo do Estado em 2010.

Mendes sempre destacou em seu discurso incorporar a gestão pública conceitos do universo empresarial para atingir resultados positivos, perfil que agrada a cúpula democrata. "Já reforçamos o convite e estamos no aguardo de uma resposta. Não estipulamos prazo, apenas o desejo de contar com alguém em nossos quadros que é qualificado e tem disposição para contribuir socialmente", revelou à Gazeta o deputado estadual Dilceu Dal Bosco.

De acordo com a legislação eleitoral, o candidato deve ser filiado pelo período mínimo de um ano na legenda. Assim, qualquer troca de partido de filiados sem mandato eletivo expira no dia 7 de outubro deste ano.

O deputado federal e presidente do diretório estadual do PMDB, Carlos Bezerra, afirma que o partido vai lançar candidatura própria em Cuiabá, porém, estuda nomes e convites para filiação. "O PMDB vai ter candidato próprio porque reunimos todas as condições para ser o maior partido de Mato Grosso", afirmou.

Atualmente a maior sigla de Mato Grosso em número de prefeitos, o Partido da República (PR) tem a meta de manter o topo e conseguir algo inédito em sua curta existência. Conquistar o comando da Prefeitura de Cuiabá que tem orçamento anual médio de R$ 1 bilhão. Por conta disso, o diretório estadual resiste a proposta de integrar a base aliada do prefeito Chico Galindo (PTB).

"O PR vai trabalhar para continuar sendo uma opção a sociedade. Somos um partido que pensa em projetos a população sempre se pautando pela linha do desenvolvimento. Neste contexto, não podemos dispensar o projeto de candidatura própria em Cuiabá", comenta o deputado federal Wellignton Fagundes, presidente do diretório estadual do PR.

A legenda é resultado de uma fusão do PL e Prona, o que ocorreu em 2006 diante do temor de não atingir a clausula de barreiras e correr o risco de extinção. O partido ganhou mais visibilidade em Mato Grosso com a filiação em 2007 do ex-governador Blairo Maggi que foi eleito em duas ocasiões pelo PPS, porém, deixou a sigla socialista por desentendimento.

Coadjuvante – O Partido dos Trabalhadores (PT), que após chegar perto de conquistar a Prefeitura de Cuiabá em 2004 com Alexandre Cesar tornou-se mero coadjuvante do processo eleitoral, ensaia ainda que timidamente o projeto de candidatura própria com o vereador Lúdio Cabral. O parlamentar admite que se trata de uma iniciativa de fortalecer a legenda. "Entendo que o PT deve reforçar em Cuiabá o seu projeto de lutar pela melhoria social e desde já coloco meu nome a disposição. O momento que Cuiabá enfrenta é dramático socialmente, por isso, o PT deve assumir o papel de ator na eleição".

Socialistas – Por outro lado, a militância do PSB se divide com relação a algum projeto de candidatura própria. Uma parte da militância considera melhor opção o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) que obteve 103 mil votos na última eleição para a Câmara Federal, sendo mais de 50% deste total em Cuiabá. Uma outra parcela dos filiados defende a candidatura de Mauro Mendes justificando a continuidade da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você, que reúne PSB, PDT, PPS e PV e apresentado a população na eleição geral. O grupo conseguiu eleger o ex-procurador da República, Pedro Taques, senador com mais de 700 mil votos.

Presidido pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, o diretório nacional do PTB tem na sua lista de prioridades a reeleição do prefeito Chico Galindo. No entanto, orientado pelos seus assessores, Galindo tem evitado declarar publicamente que será candidato à reeleição. Acredita que qualquer iniciativa neste sentido é prejudicial aos projetos voltados a administração do município.

Várzea Grande – Antes com a disputa restrita aos irmãos Jaime e Julio Campos, o DEM agora já pensa em alguma nova figura para concorrer a sucessão do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR). Uma das opções é o empresário Juliano Bortoloto, que inicialmente resiste em aceitar a proposta. Outro nome em estudo é o empresário Wilson Grafite que mantém relações políticas mais próximas com o grupo do DEM.

Mesmo com a impopularidade do prefeito Murilo Domingos ultrapassando 80%, o PR estuda lançar candidatura própria e já enfrenta disputa interna por conta disso. O vice-prefeito Sebastião Gonçalves, o Tião da Zaeli, não esconde a disposição de ser o candidato, porém, esbarra no próprio Murilo Domingos que se articula contrário ao projeto.

A rusga de ambos começou em março do ano passado quando Murilo decidiu permanecer no cargo e não renunciar para concorrer a deputado federal, conforme havia combinado em 2008 em acordo de bastidores com a promessa de Zaeli assumir o cargo em definitivo, o que motivou o empresário a aceitar a proposta de ser candidato a vice-prefeito.

Por conta disso, Zaeli é assediado pelo PMDB para concorrer a prefeitura de Várzea Grande. Os peemedebistas já tem em seu quadro o deputado estadual Walace Guimarães, no entanto, o parlamentar enfrenta a resistência de Carlos Bezerra que desaprovou a candidatura da esposa do parlamentar, Jaqueline Guimarães, a Câmara Federal.

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