Apostando que a decisão das eleições para a prefeitura de Cuiabá serão definidas num 2º turno, a maioria dos partidos vem investindo no lançamento de uma pré-candidatura majoritária para valorizar o passe na hora de compor alianças. Faltando pouco mais de 5 meses para o pleito, pelo menos 8 legendas defendem que terão um candidato ao Palácio Alencastro.
O PT já definiu internamente que terá candidatura própria e decide, em prévias internas, quem será o nome do partido na disputa, o vereador Lúdio Cabral, ou Jairo Rocha. Já o PSDB, vencedor das 2 últimas eleições municipais, lançou no último dia 19 a pré-candidatura do deputado estadual Guilherme Maluf. Também já vem trabalhando para a disputa o secretário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo (PR).
Enquanto isso, as legendas com os nomes que aparecem como principais cotados nas pesquisas eleitorais, ainda não dão como certa a candidaturas de seus representantes. O empresário Mauro Mendes (PSB), que vem trabalhando como virtual candidato desde o ano passado, tem adiado sua decisão. Ele prometia anunciar sua pré-candidatura até meados de maio, ressaltando que um dos erros de sua campanha ao Governo foi a demora na definição, mas até então, não bateu o martelo sobre sua participação na disputa.
Sem muito alarde, o PMDB, que deve apostar em candidatura própria nos principais municípios, na Capital, tem como principal nome o do empresário Dorileo Leal.
O DEM, legenda com maior número de filiados em Mato Grosso, após a saída do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), que contou com seu apoio para a reeleição, ficou sem nenhum representante no Executivo Municipal. O partido também não conta com nenhum vereador eleito na capital. No entanto, aposta em um nome novo na sigla, mas já conhecido do eleitorado, para voltar ao cenário político em Cuiabá e aguarda a definição do casal Iracy e Roberto França para a disputa majoritária.
Quem também não costuma ficar fora da disputa majoritária, mesmo sem alcançar índice expressivo nas urnas, é o PSOL. Já o prefeito Chico Galindo (PTB), que refutava a hipótese de disputar a reeleição, admitiu em evento partidário na última sexta-feira (27), a possibilidade de se candidatar. Ele deve contar com o apoio do PSD. A legenda, criada no ano passado, enfrentará seu primeiro teste nas urnas, por isso, a medida pode causar divergência entre suas lideranças.
O deputado federal Homero Pereira (PSD), defende que o partido deva ter um candidato no 1o turno para massificar seu número, que ainda não é popular entre os eleitores. Junto ao PTB, a sigla terá pouco espaço na propaganda eleitoral gratuita, o que aumenta a procura pelo apoio de outras siglas.
Partidos que nas últimas eleições caminharam juntos, PTB, DEM e PSDB, vão disputar, primeiramente, o apoio de seus antigos aliados. Outro partido do movimento que ameaça deixar Mendes é o PV, que já estreitou conversas com Vuolo. O presidente do diretório municipal do PSC, Valdinei Iori, admite que seu partido já foi sondado por alguns pré-candidatos, mas como nenhuma conversa avançou muito ainda, o partido não descarta uma candidatura própria. Líder do PRB na Câmara, o vereador Pastor Washington diz que conversou tanto com Maluf, quanto com Dorileo, mas as coligações ainda não foram definidas.