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Partidos aliados do governo Taques teriam vetado aproximação com PR de Maggi

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Não deverá se concretizar a expectativa do senador republicano Blairo Maggi de levar o PR para a base do governador Pedro Taques (PSDB). Diante dessa possibilidade aventada por Maggi, líderes se reuniram, segundo fonte, deliberando por “veto” a qualquer aproximação com o Partido da República, presidido no Estado pelo senador Wellington Fagundes. Existe forte resistência de vínculo com a legenda republicana, considerando o fato de Fagundes já ser cogitado como eventual candidato ao governo nas eleições de 2018.

A possibilidade de Blairo Maggi estar junto com o grupo de Taques ainda é real. Siglas como o PSD, do vice-governador Carlos Fávaro, seriam simpáticas a contar com ele nos quadros partidários. Mas isso, segundo fonte, não significa abrir caminho para estreitamento de laços com o PR.

Recentemente, Maggi chegou a se reunir com um líder da base do chefe do Executivo estadual. Recebeu o convite para migrar para uma das legendas apoiadoras do governador. Prometeu avaliar, sem compromisso de prazo para responder. “Uma coisa é ter o senador Blairo Maggi no partido que caminha junto com o projeto de transformar o Estado do governador Pedro Taques. Outra coisa é trazer o PR para a base do governo. Acredite. Não existe a mínima possibilidade de isso acontecer”, disse a fonte.

O PR tem no nome de Wellington Fagundes sua maior aposta para enfrentar Pedro Taques nas urnas no pleito geral. O republicano goza de influência em muitos municípios do interior. No contexto nacional, é líder do PR no Senado, mantendo bom relacionamento com a presidente Dilma Rousseff (PT). Também mantém trânsito entre siglas aliadas de Dilma e da oposição. Em que pese o bom convívio de Maggi e líderes do governo Taques, o tratamento dispensado a Fagundes tem sido outro.

Movimentações do senador junto a prefeitos fizeram tocar o sinal de alerta no bloco do governo estadual. Fávaro é um dos críticos do parlamentar, fazendo questão de sugerir por vezes, suposta influência de Fagundes no setor de infraestrutura na gestão do ex-governador Blairo Maggi. Fagundes interpreta os ataques como “politicagem”. E avisa que “sua presença constante em municípios do Estado representa o esforço para colaborar com ações apoiadoras ao desenvolvimento de Mato Grosso”.

Nesse campo, Maggi assegura uma espécie de neutralidade, mantendo diálogo permanente com líderes da base do chefe do Executivo estadual e com o próprio governador. Isso, e seu peso político, alimentam a confiança de alguns líderes, de que possam convencê-lo a migrar a uma agremiação, como o PSD.

Vale ressaltar que o PSDB de Taques e do deputado federal Nilson Leitão, caminham em posições opostas ao PR no Estado. O grupo político tucano foi derrotado nas eleições de 2002 pelo empresário Blairo Maggi, no período, eleito pelo PPS de Percival Muniz. Foi reeleito pelo mesmo partido, deixando os quadros da sigla no início de 2007, para aderir ao recém criado PR (união entre PL e Prona).

Maggi arrastou para o novo partido centenas de vereadores, e muito prefeitos, provocando desfiliação em massa no PPS, além de outras agremiações. Até hoje existe rusga entre republicanos e tucanos. Em tempo, líderes do PSDB demonstram repulsa à ideia de aproximar o PR da base aliada.

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