Apesar de já ter apresentado ao governo federal a lista de cargos que pretende preencher com mato-grossenses, a bancada do Estado na Câmara Federal ainda não indicou os nomes daqueles que podem vir a assumir postos em Brasília. Segundo o deputado federal Ságuas Moraes (PT), esta discussão será iniciada hoje dentro de cada uma das legendas que fazem parte da base governista da presidente Dilma Rousseff (PT).
No PT, um dos principais debates será quanto à indicação do ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), à chefia da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). “O cargo é de indicação do Centro-Oeste, mas estamos trabalhando para continuar com Mato Grosso”, explica Ságuas, segundo quem o próprio Lúdio ainda não decidiu se aceitaria a proposta ou não. “Até segunda (19) ele deve dar uma posição”.
Desde que concluiu o mandato de vereador, em 2012, Lúdio vem sendo considerado uma das principais apostas do PT em Mato Grosso. No mesmo ano, concorreu à Prefeitura de Cuiabá e, embora, não tenha sido eleito, sua campanha foi tida como vitoriosa. Já em 2014, concorreu ao governo do Estado, disputa na qual também terminou em segundo lugar.
A decisão de indicar o ex-vereador petista ao cargo de chefe da Sudeco, no entanto, pode esbarrar no interesse do deputado federal Valtenir Pereira (PROS) de manter o atual superintendente do órgão, Cleber Ávila, no posto. O parlamentar já afirmou que vem trabalhando por isso e contando com o auxílio do restante da bancada. Conforme Ságuas, o assunto terá que ser tratado entre os dois partidos.
Ávila, que está na Sudeco desde 2011, inicialmente como diretor e posteriormente como superintendente, aliás, era considerado como o mato-grossense com mais garantias de permanecer no cargo. Além dele, outras indicações cogitadas são a do ex-ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PMDB), ao comando da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); do ex-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, para uma secretaria do Mapa; e da deputada estadual Teté Bezerra (PMDB) a um cargo na vice-presidência, ocupada pelo também peemedebista Michel Temer.
Segundo Ságuas, o PR também deve se reunir nesta semana para decidir se fará alguma indicação. Todas elas, contudo, não têm garantias de que serão aceitas pela presidente Dilma. A expectativa é que a petista conclua em meados de fevereiro a reforma em seu governo para, então, dar início de fato ao segundo mandato.