Com um eleitorado superior a 11 mil pessoas, Paranatinga (140km de Primavera do Leste), vive uma situação atípica. Os dois candidatos que disputaram as eleições de domingo tiveram os registros de candidaturas impugnados pela Justiça, após representações impetradas pelas coligações adversárias. Contra o atual prefeito Francisco Carlos Nascimento – que perdeu nas urnas final de semana por uma diferença de pelo menos 800 votos – o indeferimento foi motivado por conduta vedada, ou abuso de poder político durante o pleito.
Já contra Vilson Pires, eleito, há uma multa eleitoral, oriunda de anos anteriores quando esteve à frente da prefeitura e não foi quitada. Ontem à noite, o TRE analisou recurso e não concedeu recurso para registrar sua candidatura e, consequentemente, ser liberado para assumir em janeiro. Agora, ele deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. “Se perder em última instância, o presidente da Câmara dos Vereadores assume, e haverá nova eleição”, declarou, ao Só Notícias, o promotor Carlos Henrique Richter.
Richter ressalva ainda que mesmo diante de eventuais derrotas, uma medida cautelar poderia amparar Pires para o exercício do cargo. No município, dúvidas ainda pairam sobre a população quanto ao futuro político do próximo ano. Em caso de nova eleição, a Justiça precisaria efetuar novamente registros de candidaturas, iniciando os trâmites mais uma vez.
O Ministério Público investiga supostas compras de votos nestas eleições, e tem como alvo da ação os dois grupos adversários. Por outro lado, conforme o promotor, as informações ainda são levantadas.
O sistema oficial de apuração do TSE utilizado no domingo não computou os votos registrados por Carlinhos (PSDB,PRB,PTB, PPS, PDT, PP, PSB, PMDB) e Vilson Pires (PR, PTN, PRP, PV, DEM, PT). Em Paranatinga há 11.424 pessoas aptas a votarem entre as 35 seções.
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