O prefeito Nilson Leitão recebe nesta quinta-feira, a comissão externa de riscos ambientais do Senado, bem como prefeitos das cidades onde a operação Arco de Fogo foi deflagrada. Será realizada uma audiência pública para discutir o impacto da ação na região.
“Sinop não está inserida na relação das cidades que mais devastaram a floresta, porém fomos atingidos pelos malefícios que a operação trouxe como, o fechamento de muitas empresas que não suportaram a 5º operação consecutiva e o desempregado de dezenas de trabalhadores”, destacou Leitão.
Para o prefeito, a visita da comissão demonstra sensibilidade em relação ao problema. “Como podem taxar de devastadores, trabalhadores honestos de todo um Estado e uma região, sem nunca ter conhecido nossa realidade”, argumentou.
Apesar do impacto causado pelas operações, Sinop, diferentemente de outros, conseguiu diversificar sua economia, buscando na prestação de serviço a saída para o desemprego e a solução para a crise que se aproximava.
“Sinop tem sete faculdades, mais de 50 cursos, cerca de 900 profissionais liberais, mais de 3,5 mil empresas varejistas e atacadistas e cerca de sete mil indústrias. Nós conseguimos nos manter firmes. Mas e as cidades menores? Qual a solução social que as autoridades tem para o problema que foi causado? A atitude de ouvir a opinião dessas pessoas e discutir isso em audiência é louvável e mais louvável ainda será a solução para tudo isso”, explicou Leitão.
“Não somos contra a fiscalização, pois acreditamos que a mesma não traz malefícios para aqueles que trabalham na legalidade. Somos contra a banalização do respeito. Porque enquanto todos os outros Estados já não tem mais floresta, nós mantemos a nossa em pé e tiramos dela de forma sustentável o sustento de nossas famílias. A punição deve vir sim, mas para aqueles que trabalham na clandestinidade, na ilegalidade”, finalizou.