O governador Mauro Mendes considera que o desgaste pelo qual o Democratas passa para ter o ex-governador Júlio Campos como primeiro suplente na chapa do ex-prefeito de Sinop e ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) não vale a pena. Na sua avaliação, o DEM é maior do que uma suplência, mas deixou claro que vai respeitar a decisão que o partido tomar na convenção marcada para o próximo dia 14.
“O DEM já tem um governador, um presidente da Assembleia e um senador. Ter uma suplência de Senado a mais não me parece razoável para um partido que quer tanto”, afirmou Mauro Mendes, em entrevista coletiva.
Conforme Só Notícias informou, o Democratas tem dois encaminhamentos internos. De um lado, Mauro Mendes defende a manutenção do apoio à candidatura do senador interino Carlos Fávaro (PSD), que em 2018 integrou a aliança para elegê-lo governador. Junto com Mendes estão o presidente estadual do partido e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Fábio Garcia, e o presidente do DEM na capital e secretário de Estado de Cultura e Esportes, Alberto Machado.
Do outro lado está a família Campos, que, bronqueada com “traições” de Fávaro no decorrer da campanha de 2018, anunciou apoio à candidatura de Leitão em troca da primeira suplência para o ex-governador Júlio Campos, que abriu mão de disputar o Senado por ser do grupo de risco e não poder estar presente na campanha durante a pandemia do novo Coronavírus. Junto com os Campos está o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, que é líder do governo Mauro Mendes na Assembleia Legislativa e nos bastidores circula que o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho também deve apoiar Leitão.
Diante do impasse, a decisão, que tradicionalmente é tomada em consenso no DEM, deverá ser em rara votação na convenção. “Não existe essa definição [de apoio a Fávaro], muito menos a definição de que vamos coligar com alguém. Quem define isso é a convenção que tem 70 pessoas para tomar essa decisão”, ressaltou o governador.