O destino político do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, será traçado hoje, a partir das 16 horas no Palácio do Planalto. Pagot foi convidado secretário da Presidência, Clóvis Carvalho, mas não foi informado por que seria recebido
Pagot é o primeiro suplente do senador Jaime Campos (DEM), que vota em oposição ao presidente Lula por decisão partidária e entrou com 121 dias de licenças. Só que ele precisa deixar o órgão que comanda para assumir o mandato.
De imediato e mantendo sua posição anterior, Pagot descarta assumir a vaga e lembra que tem muitos afazeres no Dnit, citando R$ 2,4 bilhões em investimentos do governo federal em rodovias de Mato Grosso, dos quais só conseguiu efetivamente gastar 30% ou R$ 720 milhões, tamanha é a burocracia e as exigências legais e ambientais para se pavimentar uma rodovia federal.
“Estou na BR-101 (ontem) no trecho que liga Santa Catarina ao Rio Grande do Sul que está sendo todo recuperado, então o dia-a-dia do Dnit é este, prá lá, prá cá e sempre buscando eficiência e agilidade em solucionar os problemas rodoviários”, apontou por telefone o diretor que disse confiar no segundo suplente, Osvaldo Sobrinho (PTB) com quem já trabalhou.
Mesmo colocando as coisas de forma simples, as pressões no fim de semana foram intensas para que Pagot assuma o cargo, com interesse em procurar manter o senador Jaime Campos e o seu partido o DEM no arco de alianças e também na possibilidade de uma eventual troca na candidatura majoritária que levaria Silval Barbosa a disputar vaga no Senado ou na Câmara e indicar um membro para disputar a sucessão de Maggi.