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Pagot sugere que União siga modelo de MT na recuperação de estradas vicinais

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O presidente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, sugeriu ontem, em Sinop, ao ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, que o Governo Federal adote a mesma dinâmica de Mato Grosso para recuperação das estradas vicinais, estendendo-a para outras unidades federativas. Desta forma, a União adquire as máquinas (patrolas, caminhões, e demais), repassando-as aos consórcios municipais e de produtores, estes responsáveis pela manutenção.

O tema integrou a pauta da reunião realizada no município, com a presença do governador Blairo Maggi, lideranças políticas de 47 cidades do entorno das BR’s 163 e 158, deputados, senadores, representantes de entidades econômicas, e demais participantes. O foco era tratar da ‘logística de recuperação das estradas vicinais’. Para Pagot, Mato Grosso tornou-se exemplo no que tange a este tema.

“Com isso conseguiremos transferir máquinas para centenas de consórcios e também uma cota de combustível de maneira que eles ficarão responsáveis pela execução das máquinas, manutenção dos equipamentos. O resultado é uma equação reduzida”, declarou Pagot, ao Só Notícias. O representante cita ainda que a maior dificuldade quando o assunto é estradas vicinais chama-se falta de recursos.

“O volume de recursos demandados é muito grande”, reiterou o presidente do DNIT. Ele acrescenta que “[rodovias vicinais] são pioneiras, por muitas passam um volume maior de produção até que determinadas rodovias federais ou estaduais e precisam ter um tratamento diferenciado”, pondera.

Estudos prévios realizados pelo DNIT mostraram que somente entre Mato Grosso e o Pará há necessidade de recuperar aproximadamente 80 mil quilômetros de estradas vicinais, sendo 20 mil para o primeiro Estado e outros 60 mil ao segundo. A principal vantagem do sistema de ‘consorcialismo’ é a redução despesas.

“Os custos em Mato Grosso, na última execução de obras em 8 mil quilômetros não chegou a R$2,5 mil por quilômetro, o que é extremamente competitivo. Quando vemos o Incra gastando mais de R$10 mil por quilômetro, notamos que este modelo [de Mato Grosso] é mais competitivo”, defendeu Antônio Pagot.

Somente em 2008, em Mato Grosso, em apenas dez meses de atividades as patrulhas rodoviárias restauraram 13 mil quilômetros de estradas vicinais. Quinze Consórcios de Desenvovilmento Sustentável foram beneficiados.

O Governo investiu R$77 milhões para a aquisição de maquinários, distribuindo-os em 21 grupos compostos por cinco caminhões, uma melosa, duas moto niveladoras, uma retro-escavadeira, uma prancha para transporte e um veículo de apoio. Destes 21, 18 estão sob responsabilidade e gestão dos consórcios.

O custo mensal para manutenção dos trabalhos das patrulhas rodoviárias pelo Estado é avaliado em R$3 milhões. 50% referem-se a mão-de-obra, óleo diesel, manutenção das máquinas e reposição das peças.

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