O governador Blairo Maggi (PR) tem afirmado diuturnamente que seu candidato ao governo do Estado é o vice-governador Silval Barbosa (PMDB). Mas, apesar dos seguidos apelos, o governador não consegue encontrar sintonia nem mesmo dentro de seu próprio partido e nem mesmo entre seus homens considerados fieis seguidores. Um exemplo é Luiz Antônio Pagot, diretor-presidente do Dnit – Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre -, que defende dois republicanos para a disputa ao governo: Adilton Sachetti e Mauro Mendes, os dois que perderam as eleições municipais de Rondonópolis e Cuiabá no ano passado.
De passagem por Cuiabá, de onde inicia uma peregrinação pelo interior do Estado neste final de semana, Luiz Antônio Pagot deu nesta sexta-feira a clara certeza de que o PR não está fechado com Silval Barbosa (PMDB) e que muito menos está querendo digerir o nome que vem sendo imposto pelo governador.
“O PR tem nomes excelentes para dar continuidade ao bom trabalho que Maggi vem desempenhando no governo do Estado. Temos o Adilton Sachetti, ex-prefeito de Rondonópolis e Mauro Mendes, que disputou a prefeitura de Cuiabá – ambos perderam as eleições municipais de 2010 –“, disse Pagot que conta com o apoio de uma grande ala do partido, que não vem aceitando ter Barbosa como cabeça de chapa.
Ao defender os nomes de Adilton Sachetti e Mauro Mendes, Luiz Antônio Pagot disse que até três de outubro, último prazo para que os partidos aceitem filiações, o PR tem de ter seus candidatos e mostrar que eles são potencialmente capazes de comandar o Estado. “Até três de outubro defendo que tenhamos candidatos. Conversações, alianças, só a partir de quatro de outubro”, diz, lembrando que todos os partidos estão se movimentando e colocando seus nomes para a disputa.
“Não adianta ficarmos falando em alianças agora. O momento é para nos organizamos, fortalecermos o partido, tanto em Cuiabá como no interior. Organizados teremos condições de fazer com o que o arco de alianças seja bem conduzido”, ressalta.
Com relação a possibilidade de deixar o comando do Dnit para assumir, por 121 dias, o Senado Federal na vaga de Jaime Campos (DEM), Pagot disse que estas possibilidade só poderá ser aventada após o democrata solicitar seu pedido de licença. “Até ontem (quinta-feira), Jaime não havia protocolado no Senado nenhum pedido de licença. Portanto, neste momento não posso falar nada se vou continuar no meu cargo ou se vou para o Senado. Estou aguardando uma posição oficial do Senador. Depois que ele apresentar oficialmente seu pedido terei 30 dias para definir. Sou um soldado do partido e que o partido me indicar farei”, disse.