O ex-diretor geral do DNIT, Luiz Pagot, principal líder do PTB de Mato Grosso, defendeu, esta noite, em entrevista ao Só Notícias, que será muito importante para o processo eleitoral no Estado o surgimento de uma terceira via para disputar o governo estadual. Ele expôs que no momento há duas pré-candidaturas de "juristas" referindo-se a Pedro Taques (PDT) e ao juiz Julier da Silva, que deve entrar no PMDB para disputar o governo. Pagot expôs que, 'várias lideranças políticas em algumas regiões, não estão se sentido representadas pelos 2 pré-candidatos colocados até agora. Ambos tem perfil mais de gabinete e menos contato com a população", avaliou.
Ex-secretário estadual no governo Blairo, Pagot citou que o PSDB tem condições de liderar a terceira via e citou dois nomes para disputar o governo: Marino Franz, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, e do ex-governador e atual vice-prefeito em Rondonópolis, Rogério Salles. "Eu apoio Marino se ele decidir sair. É trabalhador, mostrou muita competência como prefeito. O Rogério também é um líder forte", declarou. Pagot também mencionou o produtor Erai Maggi (PP), um dos maiores produtores de soja no Brasil, que busca construir candidatura ao governo ou Senado.
"Converso com muitos partidos que não se sentem abrigados por este arco de aliança que está sendo construído entre estes dois grupos. No momento, Taques é mais preparado porque já consolidou carreira política e está no Senado há 4 anos. Julier está começando. Mas há sentimento de uma terceira via", analisou. "O PTB está se sentido sem valor. O partido está disposto a radicalizar", disse, reprovando a forma com que os aliados de Taques e do grupo de Silval tem conduzido o processo eleitoral. "Eles devem entender que é cenário novo e tem que criar espaço, fomentar diálogo. Não pode ser rolo compresso. Falta diálogo consistente, experiente por parte das lideranças estaduais", cobrou. "Aí fica um cidadão como Carlos Bezerra ditando normas o que nos deixa constrangido. Do outro lado, o grupo do Pedro Taques, fica uma articulação antiga. Então, alguns partidos ficam desabrigados como se sente o PTB neste momento", emendou.
Pagot descartou disputar o governo estadual. "Nesse momento, não existe esta possibilidade. Não sou pré-candidato ao governo, mas por onde ando no Estado sou reconhecido. Sou consciente que tenho mais serviços prestados que alguns por aí. Sei que só isso não ganho eleição", declarou. "Em maio, vou definir meu rumo político. Estou ajudando a reforcar partido, a militância, encaminhar candidaturas a deputado, talvez formar um bloco independente, criando nova via. Marcamos para dia 4 de abril encontro com a executiva e pré-candidatos a deputado para decidir que rumo tomar", adiantou.
Pagot também acha que o senador Blairo Maggi (PR) de quem foi secretário nos dois mandatos, não disputará o governo. "Blairo não é candidato. Conversamos há 60 dias e ele reiterou que não disputa. Está inclusive apoiando Erai Maggi para ocupar algum espaço na majoritária e ele também sente os reflexos negativos da administração do Silval", analisou.