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Oposição tenta ‘melar’ nomeação de Pagot para DNIT

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Não poderia ser diferente: o empresário Luís Antônio Pagot, ex-secretário de Educação do Governo Maggi e principal assessor político do governador, foi “achado” por oposicionistas em sua entrada como diretor-presidente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit), um dos órgãos mais cobiçados do Governo Federal. Nesta sexta-feira, o jornalista Ricardo Noblat produziu informações em seu blog acusando Pagot de ter incorrido em crime de falsidade ideológica ao prestar informações ao Senado. O político teria omitido que havia trabalhado como assessor do senador Jonas Pinheiro em 2002 ao mesmo tempo que era diretor-superintendente da Hermasa Navegação da Amazônia, empresa do grupo Maggi, com sede em Itacoatiara (AM).

Além disso, Pagot estaria sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por ter realizado negócio feito em 2003. Noblat relata em sua coluna que Pagot morou de graça durante um ano e dez meses em apartamento mobiliado cujo dono era Moacir Pires, secretário do Meio Ambiente e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) de Mato Grosso. Depois levou dois anos e seis meses para comprar o apartamento de Pires. A empresa Projetus Engenharia Comércio e Transportes, que o Ministério Público tem certeza que pertence a Pires, ganhou da Secretaria de Pagot contratos sem licitação. Pires foi demitido do Governo em junho de 2005.

Caso seu nome seja aprovada pelo Senado, Pagot passará a cuidar do bilionário orçamento de pouco mais de R$ 8 bilhões a serem gastos ou empenhados este ano. Esse valor é mior que o Orçamento de Mato Grosso, estimado em pouco mais de R$ 5 bilhões – com o contingenciamento proposto pelo Governo.

“A suspeição contra Pagot, no entanto, não alterou a disposição do Governo de indicá-lo para a função. A Casa Civil negou que haja qualquer impedimento para que assuma o cargo. A pesquisa é feita com base no CPF do indicado e faz buscas sobretudo para verificar se o futuro ocupante de uma função pública responde por algum processo na Justiça. No caso de Pagot, segundo a assessoria da Casa Civil, a pesquisa resultou negativa”.

Em sua defesa, Pagot esclareceu que não informou ao Senado sobre a ocupação das função de assessor de Pinheiro e dirigente maior da Hermasa por considerá-la irrelevante. Ele garantiu que consultou o Senado, na época, sobre as atividades e não houve obstáculo. Ele informou que declarou no Imposto de Renda as duas fontes de receita. “Nunca fui um funcionário fantasma” – disse, ao destacar que sua atividade não impunha a presença em Brasília, já que fazia contato com prefeitos e empresário.

Pagot ainda revelou que omitiu outras ocupações como o fato de ter sido presidente da Confederação das Associações Comerciais. O indicado de Maggi para o Dnit disse que fez um currículo extremamente simples “a pedido de Brasília”. Ele se disse tranqüilo quanto a indicação e atribuiu os ataques a pessoas que estão preocupadas com sua ida para o Dnit. “Sou um trabalhador obstinado, sou honesto” – proclamou.

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