A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira mais um acusado de integrar a quadrilha que fraudava licitações em vários Estados e no Distrito Federal e se apropriava de verbas públicas. Trata-se de Henrique Garcia de Araújo, funcionário da empresa Gautama, que comandava as fraudes e estava foragido. Segundo a PF, Garcia de Araújo administrava fazendas do grupo Gautama em Mato Grosso e era responsável pela lavagem do dinheiro ilegal do grupo, mediante compra e venda de gado.
Garcia de Araújo estava nos Estados Unidos e era monitorado com ajuda da Interpol. Foi preso nesta manhã, às 10 horas, ao desembarcar no Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, e será levado a Brasília, onde já estão os demais presos na Operação Navalha.
Na quinta-feira, a PF divulgou uma lista na qual o nome de Garcia de Araújo constava já como preso.
A princípio, a Polícia Federal informou que os depoimentos dos acusados de participarem da Operação seriam tomados ainda nesta sexta-feira. Entretanto,os depoimentos foram adiados pela juíza Adriana Calmon, e os presos devem começar a ser interrogados pela PF na próxima segunda-feira, 21.
Também deve chegar nesta tarde a Brasília o material apreendido pela PF nos escritórios de empresas da organização criminosa em vários Estados. Uma parte do material, principalmente documentos, chegou a Brasília quinta-feira à noite. Em um jatinho da PF, chegará a parte do material que vem do Piauí, no começo da tarde. Grande volume de material está chegando também da Bahia e de Alagoas.
Nos próximos dias, devem chegar a Brasília os bens dos presos, inclusive 10 carros de luxo, como um Citroen C5 no valor de R$ 110 mil que teria sido presenteado pela quadrilha ao ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares, também preso por envolvimento com o grupo.