A assessoria de imprensa da Prefeitura de Barra do Garças (520 quilômetros de Cuiabá) informou, por meio de nota, que a operação “Caça Fantasmas” realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) é desnecessária e a classificou como “pirotecnia”. Para a administração, a ação “tem objetivo atrair os holofotes, característicos deste tipo de operação”.
Segundo a nota, a prefeitura “sempre esteve à disposição do Ministério Público Estadual ou qualquer órgão fiscalizador, inclusive com a publicação dos nomes de todos os funcionários com seus respectivos salários no portal da transparência e qualquer cidadão pode ter acesso a essas informações. A relação dos servidores também se encontra no departamento de recursos humanos ou pode ser ainda solicitada pelo SIC (Serviço de Informação ao Cidadão)”.
Ainda segundo o documento, em relação a denúncia de funcionários fantasmas, “a administração é a mais interessada na investigação para identificá-los (se houverem), pois não compactua com este tipo de prática”.
Conforme Só Notícias já informou, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 19 órgãos da prefeitura, inclusive o gabinete do prefeito Roberto Ângelo de Farias. Segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, do qual o Gaeco faz parte, a operação visa a obtenção de provas para apuração de contração irregular de servidores por parte do município.
Conforme apurado pelo MPE, servidores “fantasmas” indicados por políticos, incluindo vereadores, estariam sendo contratados pelo Poder Executivo local. Alguns sequer moram em Barra do Garças e outros comparecem ao trabalho, mas são obrigados a dividir parte da remuneração recebida com os seus “padrinhos”.
Segundo o Gaeco, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão serão recolhidos documentos que subsidiarão a investigação. Também estão sendo confirmados “in loco” se os referidos servidores estão cumprindo a carga horária.