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Operação Bereré: procurador não descarta possibilidade de ex-presidente do Detran que fez delação ser preso

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O procurador-geral de Justiça Mauro Curvo afirmou que é possível que a delação premiada feita pelo ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran), Teodoro Moreira Lopes, o Doia, seja anulada em razão de possíveis omissões dos fatos narrados. Com isso, o delator pode parar na cadeia. A delação foi utilizada como base para a Operação Bereré, executada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia Fazendária (Defaz), no último dia 19, para apurar a existência de uma suposta organização criminosa que atuava junto ao Detran, para desvios de recursos

“Se ficar comprovado que omitiu os fatos ou se ficar comprovado que ele quis proteger alguém não narrando tudo aquilo que ele sabe, e ficar comprovado que ele atuou na colaboração com reserva mental, que seria a expressão, qualquer pessoa poderia vir a pedir o benefício”, disse o procurador.

A possibilidade de omissão veio à tona, na última semana, quando um empresário, que foi alvo da operação, teria entregue documentos que comprovariam que o ex-presidente não delatou alguns fatos criminosos que também teriam ocorrido no Detran. Na delação, Doia narrou a existência de um esquema envolvendo uma empresa contratada para fazer serviços de registro, cadastro, informatização e certificação de documentos de veículos. Entre os investigados estão os deputados Mauro Savi e Eduardo Botelho (que na época era sócio de uma empresa que prestou serviços para o Detran), o ex-deputado federal Pedro Henry, além de servidores, particulares e a própria empresa – a maioria deles alvo de buscas e apreensões na Operação Bereré, feita mês passado.

O procurador afirmou ainda que não tem conhecimento se, de fato, a delação seja parcial. Contudo, garantiu que, independentemente de haver omissão, as informações repassadas continuam válidas. Apenas o benefício é rescindido. “Não conheço o caso dele, pois está em sigilo a delação, mas qualquer colaborador está passível de ter a colaboração rescindida”, assegurou.

Além da delação de Doia, as delações do ex-governador Silval Barbosa e do irmão dele, Antônio Barbosa, contribuíram para desbaratar todo o esquema que teria desviado aproximadamente R$ 27,7 milhões dos cofres públicos.

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