A defesa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, afirmou que ele irá colaborar com as investigações e promete contar tudo que sabe sobre o caso. Não está descartada a realização de um acordo para que Moraes seja beneficiado pela “delação premiada”. Ou seja, que tenha uma pena menor em um futuro julgamento por ter colaborado com as investigações.
Eder é defendido pelo desembargador aposentado Paulo Lessa e seu filho Fábio Lessa. Eles informaram que o ex-secretário teve prisão preventiva (30 dias) decretada pela justiça. A defesa também estuda ingressar com um pedido de habeas corpus para que ele responda o processo em liberdade.
Moraes foi preso, ontem pela manhã, em sua residência, em Cuiabá. Juntamente com o presidente afastado da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), eles foram transferidos, ontem à noite, para a sede da Polícia Federal, em Brasília. Eles devem prestar depoimento ainda hoje e, posteriormente, encaminhados a uma unidade prisional na capital federal, provavelmente o presídio da Papuda.
Conforme Só Notícias já informou, ambos foram presos em decorrência da quinta etapa da operação Ararath, da Polícia Federal, que investiga crimes contra o sistema financeiro nacional e desvio de recursos públicos. Além destas prisões, 30 pessoas foram encaminhadas à sede da PF em Cuiabá para prestar depoimento (condução coercitiva) e pelo menos 59 mandados de busca e apreensão.
Os alvos dos policiais federais incluíram gabinete na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual (MPE) e gabinete e residência do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), e também a residência do governador Silval Barbosa (PMDB).