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Operação Ararath: caderno com anotações aponta que Silval teria pego R$ 4 milhões

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Um caderno de matérias com espiral foi o principal alvo do mandado de busca e apreensão na residência do governador Silval Barbosa (PMDB) durante a quinta fase da operação Ararath, da Polícia Federal, desencadeada na terça-feira (20). As descrições do material utilizado para fazer as anotações das supostas dívidas de campanha de Silval constam na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que autorizou os mandados contra o chefe do Executivo.

Conforme as investigações, o peemedebista relacionava os empréstimos supostamente tomados em operações clandestinas junto ao empresário Júnior Mendonça, atualmente na condição de delator premiado. Pelas declarações de Mendonça, Silval teria tomado um empréstimo de R$ 4 milhões de um total de R$ 7 milhões pedidos inicialmente. O valor pode ter sido pago, via triangulação, com empresas que prestaram serviços voltados à campanha do peemedebista, como pesquisas, iluminação de palanque, entre outros materiais.

Porém, antes deste empréstimo, o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, havia operacionalizado outros valores também para pagar supostos gastos relacionados à campanha de Silval, a exemplo de custos com a estrutura para a convenção do PMDB, a qual sacramentou a candidatura do governador à reeleição.

Pelo que apurou o MPF, em um primeiro momento os valores, que teriam totalizados 600 mil, foram intermediados por Eder, sendo R$ 300 mil, R$ 150 mil e mais R$ 150 mil. O caderno passou a ser foco após as declarações do delator premiado, que contou à PF o conteúdo das anotações feitas pelo governador junto às suas empresas, Comercial Amazônia Petróleo e a Globo Fomento.

O empresário narra que esteve por pelo menos três vezes com o governador. As operações são consideradas clandestinas por não terem a autorização do Banco Central do Brasil. Mendonça contou que se encontrou com o governador duas vezes no apartamento dele em Cuiabá. Para o pedido de empréstimo de R$ 7 milhões, o empresário contou às autoridades policiais que o contato, em setembro de 2010, foi intermediado pelo então secretário de Fazenda Edmilson José dos Santos, sucessor de Eder Moraes na pasta.

O delator disse que o dinheiro seria utilizado para pagamentos de campanha de Silval, e que emprestou R$ 4 milhões com os juros de 3% ao mês. Os relatos de Mendonça casam com o material apreendido pela PF em outras fases da operação, iniciada em novembro passado. O advogado Ulisses Rabaneda informou que não foi localizado o caderno na casa de Silval. Porém, ele acrescentou que precisa ter acesso a íntegra do processo para analisar melhor a situação e em seguida se manifestar.

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