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Ong protocola pedido de afastamento de procurador; MCCE nega participação em ato

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Representantes do Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania (Ong Moral) protocolaram, esta tarde, requerimento pedindo o afastamento do procurador geral de Justiça, Paulo Prado. O documento é dirigido ao Colégio de Procuradores do Ministério Público Estadual, tendo em vista o envolvimento do nome dele nas investigações na operação Ararath, da Polícia Federal.

No requerimento, a Ong Moral aponta que a permanência do procurador à frente do Ministério Público Estadual “fragiliza a imagem desta instituição, pois não há como o MPE ostentar sua função de defesa da ordem jurídica, notadamente de princípios como o da moralidade e da legalidade tendo a frente o senhor Paulo Prado que é uma pessoa suspeita de pratica criminosa”.

A nota publicada no site da Ong Moral apontava que o Movimento de Combate Corrupção Eleitoral (MCCE) também estaria envolvido. No entanto, o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, negou ter qualquer tipo de participação neste ato.

Conforme Só Notícias já informou, Prado e o promotor Marcos Regenold foram alvos da quinta fase da operação, deflagrada no final do mês passado. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede do Ministério Público Estadual. Apesar da suposta ligação com o esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, defendeu promotores estaduais e procuradores de Mato Grosso cujos nomes estavam em uma lista apreendida no apartamento do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes.

"Não há uma lista de propina, como foi dito, nada disso. Foi apreendida uma lista com a relação de promotores e procuradores que receberam os seus créditos através de carta de crédito. Como o sigilo foi levantado pelo juiz de primeiro grau, gerou toda essa confusão", explicou o chefe do Ministério Público Federal, em entrevista para a Folha de São Paulo.

O próprio havia rebatido estas informações, pouco tempo depois da operação. Ele esclareceu que a lista contendo nomes de procuradores e promotores refere-se a pagamentos de cartas de créditos de origem lícita. “Não posso admitir que pessoas sérias que trabalham no Ministério Público há mais de 20 anos, em defesa da sociedade mato-grossense, tenham seus nomes, de forma leviana e irresponsável, jogados na lama. Não vou permitir que o Ministério Público seja tachado como uma instituição criminosa”, afirmou o procurador-geral de Justiça.

(Atualizada às 16h20)

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