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Onda de escândalos derruba secretária de Saúde em Cuiabá

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: assessoria)

Após sucessivos escândalos na secretaria municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) trocou o comando da pasta, retirando a agora ex-secretária Ozenira Félix e a substituindo pelo administrador Célio Rodrigues da Silva. Com a mudança, a gestão do emedebista sofre a sexta baixa de gestores contabilizada desde o primeiro mandato.

No anúncio oficial, emitido no final da tarde desta terça-feira, a prefeitura de Cuiabá afirma que a mudança na SMS se dá em virtude de uma “reoxigenação” na pasta. Contudo, no comunicado, não há referência a qualquer um dos escândalos envolvendo a pasta neste ano. 

Para citar alguns exemplos das crises enfrentadas pela Saúde de Cuiabá neste ano, um dos casos que ganhou maior repercussão, tendo sido desdobrado inclusive em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), foi a denúncia de remédios vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos de Cuiabá (CDMIC).

Conforme noticiado pela reportagem, vereadores da oposição fizeram a denúncia na penúltima semana de abril. À época, milhares de remédios vencidos foram flagrados, sendo que parte dos medicamentos tinha o custo de até R$ 20 mil, a exemplo do AmBisome.

Poucas semanas depois, já no início de maio, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou a Operação Autofagia, na qual o coordenador de Saúde Bucal de Cuiabá e mais dois dentistas foram afastados de seus cargos por atos ilícitos. Segundo as investigações, o coordenador de Saúde Bucal da SMS facilitava a transferência de dentistas para unidades em que o salário era maior. Depois da transferência, o coordenador e mais dois dentistas passavam a ameaçar os servidores para que devolvessem parte dos subsídios recebidos no salário.

Ainda no rol de crises na pasta, na última semana a Deccor deflagrou a segunda fase da Operação Overpriced, na qual a Justiça determinou o cumprimento de medidas cautelares contra 4 servidores que à época das investigações estavam na Saúde de Cuiabá. Na primeira fase, deflagrada em outubro de 2020, a operação custou o cargo do então secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, por suposta compra de remédios superfaturados durante a pandemia com dispensa de licitação. Agora, menos de uma semana após a deflagração da segunda fase, Ozenira foi substituída da pasta.

Além dos escândalos que atravessaram a pasta neste ano, a gestão da SMS também foi amplamente criticada pela atuação no combate à pandemia. Entre os questionamentos estão a centralização da vacinação, atrasos na imunização e aglomerações nos polos.

Antes de Ozenira, outros cinco membros do alto escalão da gestão Pinheiro já haviam sido afastados de suas funções na prefeitura, são eles: secretário de Saúde, Huark Douglas; secretário de Educação, Alex Vieira; procurador-geral do Município, Marcus Brito; o secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e o secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo.  

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