Os vereadores Wolgran Araujo, Fernando Assunção, Claudio Santos, Dalton Martini e Hedvaldo Costa, Roger Schallenberger, Ticola e Carlão assinaram, hoje, a criação da CPI dos aluguéis para investigar os contratos e imóveis locados pela prefeitura, na gestão do prefeito Juarez Costa. Foi elaborado requerimento apontando que a prefeitura está pagando R$ 22 mil por mês por um imóvel que não está sendo usado há cerca de 7 meses. O pedido foi apresentado, há pouco, na sessão da câmara e tem 3 assinaturas a mais que o quórum mínimo.
"Considerando que a prefeitura gasta cerca de R$ 427 mil por mês com prédios alugados, gasto anual de R$ 5,1 milhões; considerando que alguns imóveis possuem indícios de superfaturamento, comparados com metros quadrados similares na região", os vereadores requerem a criação de comissão parlamentar de inquérito para apurar as suspeitas.
Os vereadores também citam indícios de irregularidades na contratação dos imóveis. Fernando Assunção tem conversado com demais vereadores para obter número de assinaturas mínimo no requerimento que será encaminhado à presidência da câmara para que a CPI seja instalada.
"A comissão deve apurar também se houve direcionamento nas definições de alguns casos de imóveis que foram locados. O que chama a atenção é o alto valor que a prefeitura gasta com aluguel", disse Fernando Assunção, ao Só Notícias. "Sinop é proporcionalmente, um dos municípios que mais gasta dinheiro com aluguel e é muito lamentável ver que tem imóvel fechado e a prefeitura pagando locação", criticou.
No início do mês, foi noticiado caso de um imóvel que deveria abrigar, conforme o contrato, a Farmácia Regional 4, o posto de coleta do Laboratório Municipal e a unidade Programa de Saúde da Família (PSF) do Menino Jesus. Fica na rua João Pedro Moreira de Carvalho, na região do São Cristóvão e, mesmo fechado, custa R$ 22 mil mensais. Não está sendo usado há mais de 7 meses. O contrato foi assinado em março passado, com vigência de 12 meses, e, no total, a gestão do prefeito Juarez Costa teria pago ao locatário R$ 176 mil. Também deve ser apurado se o valor de mercado está dentro de realidade. O caso já foi relatado, por vereadores, para o Ministério Público.
(Atualizada às 20:41hs)