As obras na nova sede da Câmara de Vereadores, paradas há mais de dois anos, devem ser retomadas ainda este ano, anunciou esta tarde, o presidente Mauro Garcia, em entrevista coletiva. A liberação para que as obras sejam retomadas deve sair após a conclusão de projetos (como segurança e elétricos) que devem ser feitos por engenheiros, determinando os gastos que o Legislativo terá para finalizar o prédio.
A decisão, segundo Mauro, foi garantida pela juíza da sexta vara, Maria das Graças Gomes da Costa, que concedeu à câmara, prazo de 150 dias, contando a partir de ontem (quando assinado o documento) para terminar os projetos e entregá-los à vara, para assim, autorizar a retomada das obras. A mesa diretora pediu, em fevereiro, que fosse autorizada para concluir a obra. O judiciário está investigando os valores gastos, a metragem feita e já houve perícias no imóvel, que fica próximo à Catedral.
“Estamos fazendo uma licitação agora, para verificar quais são os engenheiros ou engenheiro que ganhará para fazer esse trabalho que levantará quanto custará essa obra, o que realmente precisa e colocar tudo em prática o que a 6ª vara pediu e, mais ainda o que não foi pedido mas que possa ser notado pelos engenheiros que estarão fazendo esse laudo”, disse Garcia. A partir deste processo será feita licitação para a contratação da empresa que finalizará o prédio. A expectativa é que este processo [de licitação] leve entre 60 a 90 dias para ser feito. “O mais rápido possível porque estamos correndo desde janeiro contra o tempo”, resumiu.
Para Mauro, a câmara poderá entrar em funcionamento ainda este ano caso todos os trâmites burocráticos sejam finalizados e não haja contratempos. Nos próximos dias, será feita a limpeza no local. “Até por determinação da promotora do município [Laís Glauce dos Santos] e da própria juíza [Maria das Graças], é que se faça uma limpeza na área. Não poderíamos mexer na área sem autorização judicial e, no despacho que a promotora e a juíza nos de, nos pedem que façamos, imediatamente, a limpeza externa, e interna”, explicou.
Não foi confirmado o valor exato investido, até agora, no prédio da câmara. Estima-se que seja aproximadamente R$1 milhão. Hoje, conforme Só Notícias já informou, o TCE
decidiu que o ex-presidente José Pedro Serafini deve ressarcir os cofres públicos em R$ 192 mil por irregularidades na obra. O ex-presidente nega que tenha dado prejuízo aos cofres públicos.
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