O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, revelou que já pediu ao procurador-geral do Ministério Público, Paulo Prado, a relação dos nomes de todos os advogados que estariam supostamente sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Tais advogados teriam ligações com o criminoso João Arcanjo Ribeiro, acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso e que estava preso na penitenciária do Pascoal Ramos.
Faiad informou também que pediu autorização para obter acesso aos precimentos que teriam sido instaurados sobre os advogados, por se tratar de um direito assegurado nos artigos 34, 44 incisos I e II, 49 caput e parágrafo único da Lei 8.906/94 – o Estatuto da Advocacia. “Não podemos aceitar esse tipo de atitude. É uma coação a profissão do advogado”, disse o presidente. “Com os documentos em mãos, teremos a exata compreensão do que está acontecendo, onde tomaremos as medidas cabíveis, seja na punição dos maus profissionais, ou na defesa daqueles que estão injustamente sendo taxados de suspeitos” – disse Rabaneda
Hoje de manhã, conforme Só Notícias já informou, o promotor de Justiça, Mauro Zaque de Jesus, negou que haja qualquer tipo de investigação na operação Arrego envolvendo outros advogados, a não ser o já citado nos autos, Silvio Alexandre de Menezes, que foi liberado após prestar depoimento e esclarecimentos ao Gaeco. De acordo com Zaque, há uma lista de advogados que visitavam João Arcanjo Ribeiro no presídio Pascoal Ramos “mas isso não significa que exista uma investigação sobre os nomes que a compõe”.