A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, juntamente com uma comitiva da instituição, se reuniu hoje com a direção da Polícia Judiciária Civil (PJC) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para cobrar celeridade nas investigações do assassinato do ex-presidente da Seccional, o advogado Renato Nery.
“Todo crime deve ser solucionado com agilidade, sem exceção. São vidas ceifadas, porém, neste caso, esta é a segunda ocorrência sequencial com características de execução, dentro da advocacia. Há um apelo muito grande da advocacia, que está muito preocupada com os fatos”, declarou a presidente.
Gisela ressaltou que a advocacia está estarrecida com a tragédia e que a OAB-MT, por meio da Comissão Especial instaurada no último sábado (6), vai acompanhar as investigações até a responsabilização dos autores do crime.
O diretor metropolitano da PJC, delegado Wagner Bassi, assegurou que tanto a OAB-MT quanto a sociedade terão uma resposta à altura do ocorrido. Ele destacou que as diligências iniciaram logo após o crime e que há uma missão em andamento. “É uma questão de tempo. No caso de Zampieri foram 3 meses, e o caso do doutor Renato não ficará impune”, afirmou o delegado, relembrando a execução do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá.
Diante das fake news que começaram a circular no final de semana e nesta segunda-feira (8), alegando que Nery teria relatado ameaças e que OAB-MT teria sido omissa, o delegado Wagner Bassi destacou que, diante de um caso grave como este, “fazer sensacionalismo e espalhar fake news são atitudes que prejudicam o êxito das investigações policiais”.
Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira a OAB-MT esclareceu que não houve protocolização de nenhum requerimento de proteção à integridade física ou à vida do advogado Renato Nery, mas que foi protocolada uma representação disciplinar.
Além de Gisela Cardoso, participaram da reunião o diretor-tesoureiro da OAB-MT, Helmut Daltro, o ex-presidente da Seccional, Ussiel Tavares, e a presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, Regina Dessunte, que compõem a Comissão Especial de acompanhamento das investigações, e o vice-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Antônio Luiz Ferreira.
Pela PJC, estiveram presentes o delegado Wagner Bassi, diretor metropolitano, o delegado-geral adjunto Bastos da Silva, o diretor de Atividades Especiais, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, os delegados da DHPP, Rodrigo Azem (titular) e Bruno Abreu, responsável pela investigação.
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