O novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Leônidas Duarte Monteiro, conclamou de forma especial os jovens de 16 e 17 anos para que façam seu alistamento eleitoral e participem das eleições municipais deste ano. “Não se omitam. Não permitam que o eventual desencanto com determinados políticos ou até mesmo com a própria atividade política, possa levá-los deste desencanto ao absoluto desinteresse pela vida pública”, disse o desembargador que comandará o pleito no Estado.
O desembargador lembrou que a atividade política quando desenvolvida com dignidade, decência e elevado espírito público, coloca-se sem dúvida, entre as mais nobres tarefas exercidas pelo homem, e que Mato Grosso ostenta o privilégio de já haver contado com grandes líderes.
Leônidas demonstrou preocupação pelo desinteresse dos eleitores dessa faixa etária na escolha dos candidatos, fato que considerou “verdadeiramente desolador”, citando estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral que revelam que em 2006 apenas 30 por cento desses jovens votaram.
Citando o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio – que afirmou no lançamento da campanha “Heróis pela Democracia” que a apatia não conduz a nada e que o jovem que é um idealista por natureza não pode ser apático – o desembargador chamou a atenção para a importância do engajamento dos jovens no processo eleitoral.
A campanha, lançada recentemente na mídia em nível nacional, tem por objetivo estimular os jovens de 16 e 17 anos a fazerem o alistamento eleitoral até o dia 7 de maio, data limite para o fechamento do cadastro.
“Reservemos o direito ao comodismo àqueles que preferem corrigir as coisas confortável e egoisticamente instalados no recesso do seu lar, absolutamente descompromissados com a efetiva solução das graves questões que afetam a sociedade e, de forma particularmente perversa, os menos favorecidos”, disse Leônidas Monteiro.
De acordo com o presidente do TRE o cenário de desinteresse dos jovens pela política explica-se também pela divulgação quase diária, pelos meios de comunicação, de denúncias de envolvimento de homens públicos em atos de corrupção e de grave desvio de conduta administrativa. Para destacar a importância desse “despertar” dos jovens para a vida pública o desembargador citou mais uma vez o presidente do TSE, “não podemos nos colocar no papel de vítimas, já que somos autores, somos responsáveis pelos políticos e administradores que temos”.