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Novo depoimento de Silval Barbosa gera tensão no meio político

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O depoimento do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) previsto para hoje (19), na ação penal decorrente da Operação Seven, é cercado de mistério. Ao contrário dos outros processos, em que oitivas do político à Polícia Civil dão pistas de quais revelações ele fará em juízo, neste caso, no momento em que começar a responder aos questionamentos da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o peemedebista falará, de fato, pela primeira vez sobre o caso, depois que mudou seu princípio de autodefesa, passando a colaborar com as investigações.

Fontes ligadas ao Ministério Público Estadual (MP) afirmam que desde que foi interrogado em fevereiro do ano passado, a respeito dos fatos narrados na denúncia elaborada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Silval nunca mais prestou qualquer esclarecimento sobre o suposto desvio de recursos públicos por meio da aquisição, por parte do Estado, de uma área na região do Manso.

Do mesmo modo, advogados que atuam no processo dizem não fazer ideia do teor do depoimento do ex-governador, apontado como líder de uma suposta organização criminosa, que atuou na administração pública entre os anos de 2011 e 2014. Na única vez em que falou em juízo sobre o assunto, em outubro de 2016, o político negou qualquer participação no caso. “Tirando o fato de eu ter assinado o decreto, não participei absolutamente em nada do que diz aí na denúncia”, alegou à época.

No despacho em que autoriza o peemedebista a deixar o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) e seguir para prisão domiciliar, não há nenhuma menção, de forma específica, ao caso investigado no âmbito da Operação Seven, ao contrário, por exemplo, das diversas fases da Operação Sodoma, em que há revelações que serão confirmadas em juízo, como foi na última segunda-feira (17).

O advogado de Silval, Délio Lins e Silva Júnior afirmou, ao final da última audiência, que a postura do ex-governador será a mesma, de confessar questões pontuais, que efetivamente ocorreram e “retirar os excessos” das acusações. “Ele confessou realmente algumas questões pontuais. Ele demonstrou em várias partes os excessos das acusações e o objetivo dele era esse: assumir realmente o que ele tem participação, o que ele colaborou de alguma forma e afastar os excessos, as acusações que, enfim, a denúncia não retrata a realidade”. Ele foi procurado para falar a respeito do depoimento relacionado à Seven, mas não atendeu as ligações.

A Operação Seven apura a ação da suposta organização na venda de um terreno ao Estado, ocorrida no final de 2014. Conforme o Gaeco, o esquema teria desviado dos cofres públicos aproximadamente R$ 7 milhões. Atualmente, 10 pessoas respondem a este processo.

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