Uma nova configuração na chapa majoritária dos partidos do arco de aliança começou a ser concebida nos últimos dias e tenta contemplar dois importantes fatores, um o Partido da República, que mesmo demonstrando interesse em estar com os partidos governistas não fechou a porta para eventuais negociações com o bloco da oposição e a outra o setor produtivo ligado ao agronegócio, que é assediado por todos os pré-candidatos e partidos.
Na linha do PR, o nome que aparece seria do hoje senador da República, Cidinho Santos, que é suplente de Blairo Maggi e teria facilidade em construir não apenas o apoio do senador e megaempresário que procura se manter distante do processo eleitoral, tanto é que se licenciou do mandato e também pelo fato de ser empresário do agronegócio. Cidinho hoje está entre os maiores fornecedores de aves para abates do Brasil.
O problema estaria na composição da chapa, que já tem no presidente do partido, o deputado Wellington Fagundes, candidato a única vaga em disputa pelo Senado. Este mesmo pleito foi feito ao candidato da oposição, o senador Pedro Taques (PDT), que já fechou sua chapa com o democrata Jayme Campos, candidato a reeleição e que em 2006 foi candidato na chapa então encabeçada pelo candidato a reeleição ao governo do Estado, Blairo Maggi.
Os mandatos de senador são de oito anos, portanto, no ano que vem, encerra o mandato de Jayme Campos iniciado em 2007 e em 2019 encerra-se os mandatos de Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) iniciados em 2011. Pela nova configuração da chapa dos partidos aliados que deverá ser defendida na próxima reunião agendada para 10 de abril, cinco dias depois do prazo de desincompatibilização (5 de abril) daqueles ocupantes de cargos no Executivo, o PR ficaria com a vaga de governador e os demais par- tidos, PMDB, PT, PSD, PP, PROS, PCdoB, PSC e PRB teriam que construir os entendimentos pela indicação para vice-governador, senador e seus dois suplentes.
Nomes de peso figuram entre os partidos aliados, como o juiz Julier Sebastião da Silva que deve se filiar ao PMDB no próximo dia 02, o vice-governador do Estado, Chico Daltro, que é presi- dente do PSD, único partido que já fez o lançamento oficial dentro do arco de aliança e o PT que tem o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral disputando a indicação de candidato ao Governo do Estado pelos partidos governistas. A matemática é conseguir manter unidos todos estes partidos, que devem ganhar novos aliados nos próximos dias por causa da verticalização das siglas que disputam a presidência da República e a exigência de Dilma Rousseff e o PT de palanque único para a reeleição, o que deverá reforçar o bloco dos partidos aliados.
A unidade que só será testada após a definição dos nomes dos candidatos majoritários e a eleição efetivamente pode representar a diferença para a vitória, tamanha a força político-partidária reunida entre os partidos aliados e os nomes colocados na disputa.