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Nova articulação adia nomeação de Pagot para o DNIT

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A nomeação do ex-secretário Luiz Pagot para presidir o DNIT continua ameaçada. A tão esperada audiência pública, esta manhã, na Comissão de Infra-estrutura do Senado, pode ser postergada. O senador Mauro Couto (PSDB-PA) acaba de pedir vistas ao processo e a votação da indicação de Pagot pode ficar para depois do recesso parlamentar, embora o pedido de vistas seja de 5 dias. Parada há 3 meses no Senado, a indicação corre o risco de ser votada só em Agosto, após o recesso.

Em seu parecer, o senador Jaime Campos (DEM) considera que o indicado preenche as exigências de capacitação profissional e idoneidade moral requeridas para o exercício do cargo. Ao pedir vista do projeto, Mário Couto foi alvo de apelos do relator e dos senadores João Tenório (PSDB-AL), Expedito Júnior (PR-RO), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Serys Slhessarenko (PT) para que retirasse seu pedido. Os parlamentares alegaram que a demora na aprovação da mensagem traria muito prejuízo ao DNIT, para o Ministério dos Transportes e para todo o Brasil.

O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que nem os lobistas estão passando nos corredores do órgão porque as atividades do DNIT estão paralisadas em função da mensagem presidencial já estar sendo discutida há mais de 90 dias no Senado. Afirmou, ainda, que o Ministério dos Transportes e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) precisam muito dessa indicação.

Mário Couto argumentou que cinco dias a mais ou a menos não mudarão o cenário do país. Argumentou que tem dúvidas a respeito da indicação, e que por isso requereu mais tempo para saná-las e para poder votar a mensagem com segurança e consciência.

Senadores do PSDB estão se manifestando contrários a nomeação. Eles acusam Pagot de falsidade ideológica ao não informar, na documentação encaminhada ao Senado, que trabalho na Casa, entre 1995-2002, como assessor de Jonas Pinheiro e, ao mesmo tempo, numa empresa de Blairo, no Amazonas. Pagot nega que tenha cometido irregularidades que os dois rendimentos foram declarados no Imposto de Renda. “Não infringi a lei já que trabalhava num órgão público e numa empresa privada”, rebateu. Mas as explicações não convenceram senadores que, em plenário, chegaram a manifestarem-se contrários a sua nomeação. O próprio paraense Mauro Couto chegou a cobrar, na tribuna, que Pagot a devolução dos salários de Pagot enquanto assessor de Jonas. “Ele tem de devolver R$428 mil a esta Casa. Foi quanto ele faturou nesse período”.

O senador Romeu Tuma (DEM-SP) informou que a Corregedoria do Senado estaria analisando a situação de Pagot. Para que sua indicação seja aprovada na Comissão de Infra-estrutura seriam necessários 14 dos 23 votos. Depois, o parecer vai para votação no plenário.

(Atualizada às 12:09hs)

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