Uma investigação iniciada pelo Ministério Público de Peixoto de Azevedo, após as eleições do último dia 5, terminou ontem com a prisão em flagrante do pecuarista Vanderlei Galvan (PT), 49 anos, candidato a prefeito em Matupá. Ele é acusado de tentar extorquir R$2 milhões do prefeito eleito, Fernando Zafanoto (DEM), alegando ter supostas provas sobre compra de votos. De acordo com o promotor Adriano Roberto Alves, a denúncia contra Galvan foi oficializada pela própria vítima. Durante o processo investigatório, escutas telefônicas foram feitas pelo MP que passou a monitorar os passos do acusado. A ação contou com atuação do Grupo de Apoio ao Crime Organizado (Gaeco), do MP.
Para consolidar a extorsão, Fernando Zafanoto marcou encontro com Galvan para repassar dinheiro, com conhecimento do MP. Quando pegou os R$20 mil como parte do pagamento para não revelar as supostas provas, Galvan notou a aproximação de policiais, fugiu, sendo perseguido pelo Gaeco. “Foi feito disparo no pneu da caminhonete, ele foi preso foi encaminhado à delegacia de Matupá”, declarou, ao Só Notícias, o promotor Adriano Roberto. O MP deve formalizar denúncia contra Galvan por extorsão. A pena por tal crime varia de quatro a dez anos de reclusão.
No que se refere às supostas provas de Galvan contra Zafanoto, o Ministério Público confirmou não ter encontrado nada após busca e apreensão na residência de Vanderlei.
Zafanoto foi eleito com pouco mais de quatro mil votos, 53,24% da preferência do eleitorado.
O outro lado
Procurado por Só Notícias, o advogado de Vanderlei Galvan preferiu não se manifestar enquanto as investigações ocorrem.
(Atualizada às 17h57)