O prefeito de Itaúba, Raimundo Zanon (PSD), que em outubro do ano passado decretou situação de emergência devido aos impactos das Usinas Hidrelétricas de Colíder e Sinop, afirmou, ao Só Notícias, que a situação no município melhorou. “Após o apelo, a situação melhorou muito e consegui fechar o ano sem déficit orçamentário. Agora as concessionárias estão começando a ajudar”.
Entretanto, Zanon ressaltou que o aumento populacional, uma das reclamações feitas no ano passado, continua e deve chegar a um nível “crítico” nos próximos meses. “Chegaram mais empresas e acho que o aumento vai continuar. Porém, a empresa responsável pela usina de Sinop fez um adiantamento e com as contas estáveis foi possível contratar mais funcionários para a prefeitura, como técnicos e enfermeiros, para atender a demanda crescente”.
Na época, o prefeito havia dito que o decreto era uma forma de sensibilizar os responsáveis pelos empreendimentos de que o município estava “arcando sozinho com os impactos”. Zanon estimava que 1,9 mil pessoas passaram a morar em Itaúba devido as obras das duas usinas, o que representa mais gastos com serviços públicos. Para a construção das linhas de transmissão da UHE Colíder previu a chegada de aproximadamente 200 funcionários. Já na UHE Sinop, segundo os estudos, dos três mil homens que atuarão na construção da usina e linhas de transmissão pelo menos 500 já se encontram no município, e mais mil são esperados para os próximos meses.
A UHE Sinop está sendo construída no rio Teles Pires e abrangerá terras dos município de Cláudia, Ipiranga do Norte, Itaúba, Sinop e Sorriso.
Já a Usina Hidrelétrica Colíder, também no rio Teles Pires, irá operar com 300 megawatts de potência, o suficiente para atender uma cidade com 850 mil habitantes. Terá um reservatório de 171,7 km², que abrangerá os municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder e Cláudia.