PUBLICIDADE

Nortão: prefeito alega que R$ 8 milhões de dívida ativa influenciaram na redução da qualidade de gestão

PUBLICIDADE
Só Notícias/Cleber Romero (foto: Só Notícias/Luiz Ornghi/arquivo)

O prefeito de Marcelândia (165 quilômetros de Sinop), Arnóbio Vieira de Andrade disse, em entrevista, ao Só Notícias, que a avaliação do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) apontando que desde 2014 o município vem apresentado constante redução na qualidade da gestão fiscal não surpreendeu. Ele afirmou que o governo do Estado não tem feito os repasses necessários e a falta de pagamento por parte dos contribuintes em mais de R$ 8 milhões em impostos influenciou na avaliação negativa.

“Com essa crise ‘danada’ as pessoas não tem pagado seus tributos. Nós temos mais de R$ 8 milhões em execução fiscal contra os maus pagadores. Já fizemos de tudo, como o perdão de multas e juros, mas mesmo assim não pagam. Isso nos impede de executar mais obras. Nós estamos concluindo 103 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica com recursos próprios. Estamos com duas ações contra o governo do Estado que totalizam R$ 970 mil. Esse é dinheiro da saúde e a diferença no repasse do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Não existe convênios com Estado e o que nos deve, não paga. Mesmo assim temos oferecido saúde e educação de qualidade. Todos os recursos estão sendo muito bem aplicados”, disse Andrade.

O gestor municipal explicou ainda que recebeu a avaliação do TCE com tranquilidade. “Não somos os únicos a receber essa redução da qualidade de gestão fiscal. Vários (municípios) não estão conseguindo receber. Porém, tivemos nossas contas aprovas por unanimidade, avaliação de 9,2 do Ministério Público Federal e o índice da educação é superior ao nacional. Estamos melhorando a qualidade da cidade e das estradas. O município está com as contas em dias. Não devemos nada a ninguém e o dinheiro do pagamento dos funcionários desse mês já está na conta. Pagamos rigorosamente em dias”.

Conforme Só Notícias já informou, o Indicador de Gestão Fiscal dos Municípios do Estado de Mato Grosso (IGFM) apontou que Marcelândia passou da 28ª posição em 2014, para 47ª em 2015, 60ª no ano seguinte e 72ª no ano passado quando obteve 0,54, superior à média estadual, que é de 0,49, ficando com conceito C, classificada como gestão em dificuldade.

O conselheiro relator recomendou que seja elaborado planejamento estratégico com definição de metas, iniciativas, projetos e ações que visem aperfeiçoar o planejamento e a execução das políticas públicas de educação e saúde. O objetivo é reverter as avaliações negativas dos resultados dos indicadores que apresentaram piora nas médias nacional e estadual, e, em relação ao próprio desempenho demonstrado em 2016, as quais deverão ser devidamente comprovadas na apreciação das contas de governo do exercício de 2018 do município.

(Atualizada às 9h16)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE