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Nortão: polícia faz operação, flagra maquinários da prefeitura fazendo desmates ilegais e aponta que uma das áreas é de parente do prefeito

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria - conteúdo atualizado em 09:44h em 21/09 e às 10:22h)

A Polícia Civil informou, esta tarde, que a investigação da delegacia Especializada do Meio Ambiente, em conjunto com a Gerência de Operações Especiais (GOE) constatou na operação “Natura Clamat” (natureza chora), semana passada, o desmatamento e queimada ilegais em áreas rurais de Nova Bandeirante (521 km de Sinop). Sete pessoas que faziam a abertura de estradas formando loteamento sem autorização da secretaria estadual de Meio Ambiente, sem planejamento legal para a execução dos trabalhos, foram encaminhadas à delegacia de Polícia Civil. 

A polícia informa que “foram encontrados caminhões e máquinas, com a logomarca da secretaria municipal de Obras de Nova Bandeirantes desmatando fazendo queimada ilegal, bem como identificado que uma das propriedades pertence a um parente do atual prefeito do município”, César Augusto Périgo.

A ação durou três dias e a polícia informa que houve participação de servidores da prefeitura, que faziam a abertura de estradas em regiões próximas as fazendas Nos interrogatórios, um dos envolvidos, de 20 anos, servidor da secretaria de Obras, assumiu a responsabilidade pelo dano ambiental, e afirmou ter dada ordem dos trabalhos para abertura de estradas sem autorização legal. 

O inquérito policial instaurado pela delegacia de Meio Ambiente está em fase final de conclusão, sendo identificados os autores do crime que serão responsabilizados pelo dano ambiental e pelo ilícito penal, além do crime de responsabilidade e contra a administração pública ambiental do Estado.

Através da assessoria, a delegada titular da DEMA, Liliane de Souza Santos Murata Costa, explicou que, conforme mapas do Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas do Estado, a região faz parte do Bioma Amazônico, entretanto, no último ano “a área foi completamente devastada”.

Outro lado
Só Notícias tentou contato com a prefeitura de Nova Bandeirantes que ainda não se manifestou.

Correção:
Diferente do informado no título deste conteúdo, a área onde ocorreu a investigação policial seria de um parente do atual do prefeito e não do prefeito.

 

Nota de esclarecimento enviada a Só Notícias em 20/09
A prefeitura de Nova Bandeirantes divulgou nota, através do advogado Rony de Abreu Munhoz, negando que maquinários estivessem sendo usados para desmatamento e queimadas ilegais em áreas rurais, classificando o caso como “notícias falsas”. A prefeitura esclarece que “vem executando os trabalhos de revitalização, reforma e ampliação da Estrada Tamarana, após aprovação da lei municipal 1269/2021, com as devidas autorizações dos proprietários da Reserva Marupá, que realizaram doação de aproximadamente 12 a 14 metros para que a prefeitura pudesse executar a abertura da estrada”.

“Importante mencionar que referida estrada é ligada a Linha do Professor Manoel, sentido Paranorte, que irá beneficiar mais de 200 famílias que residem nessa localidade, já que com a abertura da referida estrada, será reduzido cerca de 75 quilômetros, facilitando a acessibilidade das famílias para se deslocarem até a sede do município. Além disso, o Ministério Público Estadual vem cobrando providências do município, já que nessa região residem crianças que necessitam se deslocar até à escola”, expõe a prefeitura.

“Referente a prática de desmate ilegal em propriedades particulares por parte da prefeitura municipal, trata-se de notícias falsas, eis que a prefeitura, por meio da secretaria de Infraestrutura, iniciou os trabalhos de revitalização, reforma e ampliação posteriormente as práticas irregulares cometidas naquela localidade, onde a secretaria de Infraestrutura não tem poder de fiscalização ambiental, executando apenas o serviço composto no plano de obra, sendo assim, cada proprietário é responsável pelo passivo ambiental ocorrente na sua propriedade”.

“Por fim, a prefeitura de Nova Bandeirantes lamenta a postura dos responsáveis envolvidos na disseminação dessa Fake News, além de não compactuar com quaisquer práticas de crimes ambientais, e nos colocamos à disposição da população para esclarecimento de eventuais dúvidas”, conclui a nota.

 

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