Os vereadores de Vera (80 quilômetros e Sinop) recuaram, ontem à noite, durante sessão, após protesto de aproximadamente 200 moradores, e aprovaram verba indenizatória R$ 1,5 mil para cada um dos parlamentares. O valor inicial era R$ 3 mil e foi aprovado em primeira votação. Houve seis votos favoráveis e dois contrários. O presidente da câmara, Carlos Renato Marzola de Andrade (PTB) disse, ao Só Notícias, que, com a criação da verba, haverá redução nos custos com diárias.
“Após os protestos foi feito um acordo com os manifestante de rever o valor. No ano passado, a verba era R$ 2 mil, com possibilidade de diárias. Porém, agora, com a redução, os vereadores terão que mostrar trabalho com uma verba fixa de R$ 1,5 mil. Queríamos uma conversação melhor com os representantes do manifesto. Foi muito importante a participação dessas pessoas. Houve uma provocação e gerou frutos”, avaliou.
Votaram favoráveis ao projeto os parlamentares Odimar José Gehlen (DEM), Adalto De Souza (PSC), Eduardo Rocha (PMDB), Antônio Pena Fiel (PR), Silas Alcântara de Lima (PP) e Vilmar Scherer (PSD). Contrários, Cristiano José Nicoli (DEM) e Gilmar Luiz Moro (PRP). “Já somos custeados com recursos da câmara. Votei contra porque é preciso esclarecer algumas dúvidas com Tribunal de Conta do Estado. Acredito que é preciso prestar contas para sociedade com notas fiscais do que é utilizado pelo vereador. É legal mas é imoral porque não precisa prestar contas. Todo dinheiro público tem que ocorrer transparência com sua utilização”, disse Nicoli, ao Só Notícias.
Atualmente, os parlamentares recebem R$ 3,3 mil de subsídios, R$ 450 diárias (no Estado) e R$ 600 (para outras regiões). Além disso, recebiam mensalmente R$ 2 mil de verba indenizatória, desde 2015. Porém, ano passado, foi aprovada revogação desta lei. De acordo com o relatório apresentado pela assessoria, entre os anos de 2012 e 2014 (período sem verba) os vereadores fizeram 51 viagens. Durante os anos de 2015 e 2016 (com a verba) foram apenas cinco.