Os ex-presidentes da Câmara de Nova Bandeirantes (200 km de Alta Floresta) Jeremias Menezes Baiocho (PP) e Adenilson Otênio(PMDB) além dos ex-vereadores Sandro Roberto da Silva (PP) e Darci Antônio Vicentin (PMDB) voltaram para a prisão desta quinta-feira à noite após o desembargador Donato Fortunato Ojeda revogar o habeas corpus, concedido em 24 de dezembro, para que saíssem da cadeia. O outro envolvido, ex-vereador João Batista da Silva (DEM), também teve a prisão decretada e esta foragido. Eles estão em cela comum em Nova Bandeirantes e podem ser transferidos para Alta Floresta ou outra cidade da região porque a cadeia local tem pouca estrutura.
Os ex-vereadores são acusados de extorquirem o ex-prefeito Valdir Mendes Barranco para pagar R$ 50 mil para aprovarem as contas municipais. Eles foram presos pelo Grupo Especial de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 15 de dezembro, de posse de R$ 5.800,00 de adiantamento. O restante do “pagamento” para aprovarem as contas exercício 2.007 seria entregue na semana seguinte, momentos antes da “apreciação” e aprovação das contas.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, foram realizadas duas ´reuniões´ no gabinete do prefeito, em outubro e em novembro de 2008, ambas gravadas pelo então prefeito com um aparelho de MP3. Nas duas oportunidades os vereadores negociavam, inclusive, forma de pagamento, e chegaram prometer a aprovação não só das contas de 2007, mas também as do exercício de 2008, tudo incluído no preço. A gravação foi apresentada pelo Ministério Público a Justiça, que ordenou a prisão dos vereadores, coordenada pelo promotor Célio Wilson de Oliveira
A Comissão Processante da Câmara Municipal, criada pelo Legislativo apos denúncia popular contra Jeremias e Adenilson, deverá enviar a qualquer momento ao presidente da Casa de Leis Municipal, o parecer a respeito dos trabalhos de apreciação do caso dos Vereadores Jeremias e Adenilson. O trabalho da CP está praticamente na reta final, e informações afirmam que a sessão de apreciação do plenário será marcada para a penúltima semana deste mês. Caso, os dois vereadores estejam ainda presos, o Legislativo Municipal solicitará ao Poder Judiciário para que “tragam” os vereadores para se defenderem na sessão.