Os vereadores de Nova Bandeirantes (200 km de Alta Floresta) presos por extorquir o prefeito Valdir Barranco (PT), Jeremias Menezes (PP)- presidente da câmara-, Darci Antonio Vicentin (PMDB), Sandro Roberto da Silva (PP), Adenilson Lúcio Otenio (PMDB) e João Batista Silva (DEM) devem ser recambiados, estrategicamente, para cadeia pública de Alta Floresta. A promotora Fernanda Pawelec Vieira, responsável pelo caso, não quer deixar ‘brechas’ para os parlamentares serem soltos. “Eles estavam numa sala da delegacia de Nova Monte Verde. Como certamente pedidos de habeas corpus virão, queríamos evitar uma possível argumentação de que lá não teria condições para que eles ficassem. Queremos garantir que nenhuma válvula de escape legal fique à disposição desses vereadores”, disse Fernanda, ao Diário de Cuiabá.
Os vereadores estariam exigindo R$ 50 mil, que seriam divididos entre eles, para aprovarem as contas anuais do prefeito. Acabaram diminuindo o valor para R$ 30 mil. Barranco avisou o Ministério Público Estadual (MPE) que passou a investigar e acompanhar o caso. Na última segunda-feira, por volta das 17h30, foram presos em flagrante por quatro agentes policiais, acompanhados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPE.
Segundo o prefeito, no dia do flagrante, sacou R$ 6 mil em notas de R$ 20 e, no seu gabinete, com o conhecimento do MP, repassou a primeira parcela. Cada um pegou R$ 1 mil e o presidente Jeremias ainda levou mais R$ 1 mil dizendo ser para outro vereador. Havia escuta no gabinete e depois que eles receberam o dinheiro foram presos, na saída da prefeitura. O vereador citado por Jeremias, Silas da Silva (PP), também teve pedida a prisão preventiva pelo MP, junto com denúncia de crime de corrupção passiva ingressa contra os legisladores.
Além de denunciados pelo crime de corrupção passiva, que pode incorrer em pena de 2 a 12 anos de prisão, uma ação de improbidade administrativa também está sendo formulada. Caso seja aceita pela justiça, poderão ficar impedidos de assumir qualquer função pública ou participarem de licitações e celebrarem contratos com o Poder Público. Dois deles se reelegeram no último 5 de outubro, Jeremias e Adenilson, e correm o risco de perder o mandato.
(Atualizada às 09:32h em 23/12)