A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, ouviu, hoje, em Cuiabá, testemunhas e os pais de João José Evangelista de Oliveira. Ele, que era testemunha protegida da Justiça, desapareceu após denunciar extração ilegal de madeira de terras indígenas, em Feliz Natal. Os pais disseram que o sumiço aconteceu de “forma estranha”.
O deputado Emanuel Pinheiro (PR), que preside os trabalhos do grupo, disse que vai buscar dados concretos sobre o caso que preocupa toda a sociedade mato-grossense. O caso também está sendo acompanhado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal Marco Antônio Feliciano. A iniciativa se deu após o pedido da família ao Poder Legislativo na elucidação do caso.
João está sumido desde que saiu do Programa de Proteção a Testemunhas. O rapaz foi peça chave da “Operação Mapinguari”, desencadeada em 2007 pela Polícia Federal. No total 23 pessoas foram presas após João prestar depoimento à PF, afirmando que madeireiros de Feliz Natal, Sorriso, Vera e Nova Ubiratã juntamente com índios do Parque Nacional do Xingú estarem ligados à extração ilegal de madeira de terras indígenas.
Entre os presos estavam o cacique Ararapan Trumari e três ex-gerentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na regional de Sinop; madeireiros em Feliz Natal, em Sorriso e Vera. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de envolvimento na extração ilegal de madeira de áreas indígenas.
A informação é da assessoria da Assembleia.
(Atualizada às 16:13h)