A Comissão de Ética formada pelos vereadores da Câmara de Colíder para apurar o caso da vereadora e advogada Regiane Rodrigues de Freitas (PRP), presa sob acusação de integrar uma quadrilha que traficava drogas na região, aguarda o parecer do relator Admar Mânica para definir se o legislativo vai apurar se houve quebra de decoro da parlamentar podendo resultar na cassação de seu mandato. “Ele deve escolher entre o arquivamento do caso ou a investigação e tem cinco dias para nos entregar o relatório”, explicou ao Só Notícias, o presidente da comissão, vereador Luiz Rocha. Caso o relatório seja pelo arquivamento do caso, o assunto será discutido em plenário e o legislativo pode optar pela investigação.
A vereadora foi notificada com base em informações da Justiça e reportagens. “Foi em cima da denúncia que temos. Não foi baseado no inquérito policial porque o delegado ainda está em fase final de investigação. Então, junto ao juiz, pegamos o que implicou a prisão dela”, explicou.
Com a definição dos critérios da investigação, Regiane deve voltar a ser notificada pela Comissão de Ética. “Para que ela apresente sua defesa e arrole até 10 testemunhas na fase de oitivas. Até então, não a ouvimos. Ela fez sua defesa por escrito”, acrescentou o presidente. O prazo para este processo ser finalizado é de 90 dias. No entanto, pode ser prolongado devido ao período de recesso do Legislativo, voltando a ser discutido apenas em fevereiro.
Conforme Só Notícias já informou, a vereadora permanece presa no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá. Poucos dias após ser presa, em Colíder, ela pediu licença de 60 dias para interesses particulares. Regiane foi presa em outubro junto com outros 10 envolvidos durante a operação Tribuna do Pó, de repressão ao tráfico de drogas. Ela é acusada de dar apoio para ser feito transporte de drogas até a região Norte.