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Nortão: câmara vai investigar professora eleita vereadora acusada de receber R$ 21 mil sem trabalhar

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A Câmara de Guarantã do Norte (240 quilômetros de Sinop) acatou e deve investigar a denúncia apresentada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) subsede do município, Elza Alves Ferreira Nascimento, contra a professora eleita vereadora, Katia Brambilla (foto). As informações foram confirmadas pelo presidente do Poder Legislativo, Celso Henrique Batista da Silva (PDT), ao Só Notícias.

Consta em um documento divulgado pela assessoria de comunicação da câmara, que a documentação apresentada [teor não revelado] dá condições suficientes para formalizar a denúncia contra a vereadora no Ministério Público Estadual. Embora ela tenha apresentado sua defesa ao Sintep, há indícios que poderão ser investigados pelo MPE.

Ainda de acordo com o documento, foi solicitado no último dia 4 deste mês, que a prefeitura encaminhasse documentos comprovando a lotação da servidora, cópias das folhas do ponto desde o início das atividades profissionais deste ano, cópias das folhas de pagamento desde janeiro. Porém, até agora, não houve resposta ao ofício.

A presidente do Sintep, Elza Alves Ferreira Nascimento, encaminhou um documento ao secretário municipal de Educação, Lucídio Luiz Garbinatto, cobrando devolução de pelo menos R$ 21 mil que supostamente teriam sido recebidos indevidamente nos últimos cinco meses pela professora eleita vereadora. Segundo ela, além dos ganhos de R$ 4 mil como parlamentar, ela também recebeu mais de R$ 4,3 mil como educadora.

“Ela está recebendo como vereadora e pela pasta da Educação. Não pode receber esse salário sem estar em sala de aula. Ela recebeu, pelo estudo na folha de pagamento que fizemos, de março até o julho. Estamos cobrando que ela [Katia Brambilla] seja retirada folha do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e que seja devolvido imediatamente todo o dinheiro”, disse anteriormente Elza Alves, ao Só Notícias.

Outro lado

A assessoria da vereadora Katia Brambilla informou que as ações do Sintep são caluniosas e difamatórias influenciadas por lideranças opositoras devido ao trabalho político que vem desenvolvendo. “De maneira covarde e injusta estão acusando-a inveridicamente de estar recebendo sem trabalhar, imputando-lhe falsamente o fato como crime, difamando-a como fato ofensivo à sua reputação”. Segundo ela, vem sofrendo ataques sistematizados da oposição, na tentativa de manchar sua imagem e agem de forma estratégica em cima de instituições como Sintep de Guarantã do Norte.

O secretário de Educação de Guarantã do Norte, Lucídio Luiz Garbinato, também negou que ocorreram pagamentos indevidamente nos últimos cinco meses à professora eleita vereadora. De acordo com ele, a denúncia da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) é falsa.

“O que observamos nesta denúncia é que houve um movimento politiqueiro por parte da presidente do Sintep. A professora [Katia Brambilla] estava de férias até o dia 27 de maio. Ele tinha férias vencidas de quando era diretora. Devido a isso, ela tirou todos os vencimentos. Ao retornar de férias, ela foi removida para uma unidade da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que o setor da Educação tem parcerias e compromissos de atender as demandas da universidade com funcionários do município. Além da professora, outros quatros funcionários públicos trabalham neste local. Atualmente ela exerce a função de auxiliou na biblioteca. Além disso, ela não está recebendo pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e sim por recursos próprios da prefeitura”, confirmou Garbinato.

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