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Nortão: associação de municípios quer do governo compensação por obras de usinas

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Foi criada oficialmente, esta manhã, em Sinop, Associação do Municípios Impactantes por Usina do Norte de Mato Grosso (AMIU) que é formada por Alta Floresta, Colíder, Nova Santa Helena, Nova Canaã do Norte, Itaúba, Carlinda, Itanhangá Santa Rita do Trivelato, União do Sul, Ipiranga do Norte, Santa Carmem, Nova Maringá, Vera, Nova Ubiratã, Nova Mutum, Luca do Rio Verde e Cláudia. Gestores da maioria dos municípios se reuniram, na prefeitura, para formalizar a fundação da associação que vai defender nos governos federal e estadual soluções para diversas questões que vão surgir como consequência da construção de 5 usinas hidrelétricas na região Norte. A associação ficará encarregada de fazer estudos e levantamentos dos impactos financeiros, sociais, ambientais causados pelas obras. Na prática, os municípios vão arrecadar quantias consideráveis de impostos. Porém, antes, terão que reforçar a infraestrutura.

Os prefeitos decidiram que vão, na sexta-feira (8), a Brasília, apresentar estudo prévio das dificuldades que devem enfrentar, nos próximos anos, em consequência das obras. Os gestores vão buscar verbas para ampliar atendimentos nas áreas de saúde, educação, habitação e segurança. “A estimativa é de pedir mais de R$ 200 milhões para o município de Sinop. A construção da usina é uma determinação do governo federal e nós não estamos contra a realização. No entanto, as cidades não podem ser penalizados”, disse, a vice-prefeita de Sinop, Rosana Martineli, ao Só Notícias. “Não podemos ter o ônus de todo o impacto ambiental. Com a vinda das pessoas para o nosso município, vai aumentar o número de crianças (precisando de escolas e creches) e temos que ampliar as escolas, casas para acomodar essas pessoas. Precisamos de ajuda do governo e da empresa que vai gerenciar a construção”, completou.

O prefeito Juarez Costa, de Sinop, vai presidir a associação. O prefeito de Colíder, Nilson Santos, é o vice. Juarez não participou do encontro de hoje porque teve outro compromisso mas, semana passada, ele esteve na primeira reunião com prefeitos para criação da entidade. O deputado Valtenir Pereira vai ser o interlocutor da associação e dos prefeitos no Ministério do Planejamento para achar as soluções para os problemas futuros dos municípios.

A Usina Hidrelétrica Colíder, cujas obras começaram ano passado mas agora estão suspensas devido ao caso do incêndio no canteiro de obras e demissões de 1,4 mil funcionários, fica entre Colíder e Nova Canaã do Norte. Deve entrar e funcionamento em 2015, e terá capacidade para gerar 342 megawats de energia. O investimento previsto é de R$ 1,5 bilhão.

A Usina Hidrelétrica de Sinop, planejada para ser construída no rio Teles Pires, a 70 km da cidade de Sinop, com impactos ambientais e socioeconômicos nos municípios de Cláudia, Sorriso, Ipiranga do Norte e Itaúba, com a formação de um lago que implicará na supressão de aproximadamente 174 km² de florestas. Terá potência estimada em 460 MW. A área utilizada pra construção da usina de Sinop, tanto para obra em si com a barragem, será de 33,7 mil hectares, sendo que 30,3 mil hectares inundados (incluído áreas produtivas). O investimento previsto é de R$ 2 bilhões.

A Usina Hidrelétrica Teles Pires será a maior do complexo Teles Pires, com capacidade instalada 1.820 megawatts (MW) de potência. O empreendimento será construído entre as cidades de Paranaíta, em Mato Grosso e Jacareanga, no Pará, área conhecida como Cachoeira Sete Quedas.

A Usina Foz do Apiacás terá capacidade para 275 MW, com previsão de entrar em funcionamento até 2015 e a Usina Magessi terá capacidade para 53 MW.

(Atualizada às 15h10)

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