A ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon revogou hoje as prisões preventivas de mais duas pessoas detidas durante a Operação Navalha, da Polícia Federal. João Alves Neto, filho do ex-governadores de Sergipe João Alves Filho, e Geraldo Magela Fernandes da Rocha, secretário de Infra-estrututra do Maranhão, foram soltos após prestar depoimento no STJ.
Três outros suspeitos que já estavam em liberdade provisória também prestaram depoimento hoje: Flávio Conceição Oliveira Neto, conselheiro do Tribunal de Contas do Sergipe, Ivan Paixão, ex-deputado federal pelo Sergipe, e Ney Barros Bello, secretário de Infra-estrutura do Maranhão.
Como o inquérito é mantido sob segredo de Justiça, os depoimentos acontecem a portas fechadas. Todos estão sendo ouvidos na condição de investigados. Para que se torne um processo, é preciso que o Ministério Público Federal acate a denúncia. Um subprocurador do MPF acompanha os depoimentos, assim como um delegado da PF.
Durante a tarde, ainda serão ouvidos José Reinaldo Tavares, ex-governador do Maranhão, Jair Pessine, ex-secretário municipal de Sinop (MT), Nilson Aparecido Leitão, prefeito de Sinop, Ernani Soares Gomes Filho, servidor do Ministério do Planejamento à disposição da Câmara dos Deputados, Flávio José Pin, superintendente de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal em Brasília, e Zaqueu de Oliveira Filho, servidor da Prefeitura de Camaçari (BA).
Os últimos cinco deixaram a Superintendência da PF hoje e seguiram para o STJ. O ex-governador havia sido solto ontem, assim como o presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Roberto Figueiredo Guimarães. Assim, são sete os suspeitos em liberdade, dos 46 presos durante a operação.