A médica Natasha Slhessarenko (PSB) confirmou, há pouco, que desistiu de ser candidata a senador por falta de apoio de seu partido e que o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, telefonou e lhe pressionou para que não fosse candidata e foi ofertada a vaga de candidata a vice-governadora na chapa de Marcia Pinheiro (PV, PT, PCdoB e PV) ou ser suplente de Neri Geller (PP). “No plano nacional, o PT impôs o Neri, um aliança completamente inesperada. Aliás, Neri vinha defendendo Bolsonaro até 15 dias antes das convenções. Houve uma enorme pressão para que fizéssemos uma composição com Neri e com a federação”, criticou. “Não aceitei essas ofertas, porque não estou em busca do poder pelo poder. Poder a qualquer preço. Fiquei coerente ao propósito de ser candidata ao Senado. Defendo a política com ética, honestidade e princípios”, acrescentou.
“Na última sexta-feira, às vésperas de fechar todas as atas, no dia 5 de agosto, recebi um apelo do nosso vice-presidente, Geraldo Alckmin, para que eu aceitasse a suplência do Neri Geller, que assim eu estaria ajudando um projeto nacional partidário”. “Diante de tudo isso, entendendo que devo ser partidária, com grande frustração e tristeza no meu coração, decidi recuar do projeto que me levaria à senadoria”, afirmou ela. “Seria antiético, desleal e contra meu discurso. Começar na política com incoerência, fere brutalmente o que eu me dispus a fazer: uma política nova. Do ponto de vista político, seria importantíssimo para mim e para o partido. Mas me sinto desconfortável. Seria incoerente”, acrescentou.
Ela não descartou concorrer em 2026 e disse que não será candidata a deputada porque considera ser antiético mudar de decisão agora.